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Acompanho há muitos anos o trabalho de Nana Moraes. Agora, ela nos brinca com o livro Andorinhas (Nau Editora), com lançamento dia 11, no espaço Tom Jobim, no Jardim Botânico. Com uma câmera Leica M7, uma lente 50mm e filmes preto e branco, Nana acompanhou o trabalho de cinco mulheres, que ganham a vida como prostitutas, na Rodovia Presidente Dutra, principal via de ligação do Rio de Janeiro a São Paulo.
O texto que ilustra o livro de 156 páginas é da própria Nana e o prefácio é assinado pelo cineasta Walter Salles e, a orelha, por Margarida Pressburger, presidente da comissão de direitos humanos da OABRJ e representante do Brasil no subcomitê de prevenção à tortura em locais de privação de liberdade, da ONU. Na obra, além de fotografias em preto e branco, destacam-se imagens denominadas fototinta, técnica mista que Nana desenvolve desde 1997, onde tinta e fotografia se unem e novos retratos surgem coloridos. Esse recurso expressa a intensidade do envolvimento da fotógrafa, ao mergulhar profundamente neste universo.
Nana Moraes, fotógrafa, nasceu em 1963 no Rio de Janeiro. Formada em jornalismo pela PUC de São Paulo, colaboradora há 20 anos para os mercados editorial, fonográfico e publicitário.
Foi seis vezes vencedora do Prêmio Abril de Jornalismo – a última em 2010 – e premiada pela Associação Brasileira de Propaganda como “Destaque Profissional/Fotografia”, em 2007. Realizou a exposição individual, “Mulher, Tinta e Fotografia” no Centro de Cultura Laura Alvin, e participou de várias exposições coletivas, destacando-se, “A Imagem do Som da MPB” e “A Imagem do Som do Samba”, no Paço Imperial, e “Eternal Feminine Plural”, naInternational Labor Organization, em Genebra.