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Amantes do jazz se reúnem para celebrar o gênero em Rio das Ostras

Primeira atrações do Rio das Ostras Jazz & Blues Festival conquistam visitantes da cidade. A, coluna, claro, conversou com alguns apreciadores do som que saiu de New Orleans para conquistar o mundo inteiro

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A estudante de Direito Laís, de 18 anos, foi ao festival com o namorado Ricardo (21),estudante de Administração. Ela frequenta o festival há 4 anos, desde que foi morar em Rio das Ostras.

Sobre essa edição do festival ela comenta: “Eu gostei mais desse ano, porque teve mais jazz. Geralmente costuma ter mais blues do que jazz. Acho que temos de ampliar a cultura da música no Brasil porque, infelizmente, as pessoas não dão valor à boa música”.

Havia muitos casais pelo público, todos em clima de romance, curtindo muito os shows.

A estudante Elisa, de 18 anos, foi com o namorado Luiz Carlos (25), estudante de pós-graduação que já viu Rio das Ostras parar para esse tipo de evento e acha que o festival alcançou um nível muito bom. Ele tem propriedade para falar, já que veio em todas as edições, desde 2003. Além disso, ele gostaria de rever alguns artistas nos palcos de Rio das Ostras. “Gostaria de ver uma atração que já esteve aqui, o Mike Stern... acho que o Stanley Jordan também, foram duas atrações que emocionaram muito o público. Na cena nacional, tirando as tendências da MPB, a gente não vê jazz e blues e ver um festival como esse trazendo tanta gente boa... é raro isso, então temos de aproveitar ao máximo.”

O segundo dia de festival começou com Maracá, às 11h30, no palco da Praça São Pedro. Às 14h15, começou o show de Nuno Mindelis, no palco Iriry. Outro destaque foi Jose James, no palco Tartaruga, às 17h15. O norte americano, que já passou pelo Blue Note-Tokyo, Montreal Jazz Festival e North Sea Jazz Festival, animou um grande público, que se empolgou com sua combinação de hip-hop, jazz e soul e sua voz característica. Além de interagir bem com o público, James fez um show com qualidade e improvisou bem.

Depois do belo show, seguimos para o principal palco do evento, na Costazul.O aclamado guitarrista brasileiro Ricardo Silveira, que já tocou com nomes como Herbie Mann, Milton Nascimento, Gilberto Gil e Elis Regina, subiu ao palco às 20 horas, arrancando aplausos efusivos de um público que curtiu o show ao som de clássicos da MPB.

The Saskia Laroo Band foi outra banda que fez muito sucesso. Os músicos, que combinam jazz com pop, dance e outros estilos, empolgaram tanto que vários fãs tentaram falar com eles logo após o show e algumas chegaram a entrar no camarim. Formado em 1994, o grupo já passou por inúmeros festivais, como o Capetown Jazz Festival (na África do Sul), Mega Dance Festival (na Coréia do Sul) e o Sunset Festival (no Japão).

Na sequência, o trio brasileiro Azymuth e o renomado saxofonista Leo Gandelman subiram ao palco e lembraram dos anos 80. Muitas músicas conhecidas do grande público deram ao show um ar nostálgico e muito bom.

Mas o melhor ainda estava por vir: o genial Bryan Lee, um dos melhores bluesman que Eric Clapton já viu, subiu ao palco por volta de 1h da madrugada. E o que se viu depois disso foi um verdadeiro espetáculo. Brayan, que é cego desde os 8 anos, levou o público ao delírio com um show que durou cerca de 2 horas. Aos 68 anos, o guitarrista ainda tem energia de sobra para interagir com os fãs – que depois do show, só aumentaram – e conduziu, com maestria um concerto digno dos melhores festivais de New Orleans, berço do Jazz e do Blues.