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Fla começa a avaliar Guerrero

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Paolo Guerrero começa a definir hoje, contra o Internacional, o seu futuro no Flamengo. É provável que não inicie a partida como titular, mas espera-se que entre no segundo tempo e, dependendo do que jogar daqui para frente, se avaliará o custo-benefício da possível renovação de contrato. 

O peruano recebe um dos maiores salários (senão o maior) do país (quase R$ 1 milhão por mês) e há muita gente no clube que preferiria vê-lo sair. O problema é que, desde a sua suspensão por doping, nenhum centroavante conseguiu se firmar com a camisa rubro-negra – muito pelo contrário. E, além disso, o presidente Eduardo Bandeira de Mello, que o contratou, gostaria de mantê-lo, até por ter sido a sua primeira contratação de impacto.

O que pode encerrar a história é um aumento da suspensão pelo CAS – se acontecer, será o fim do ciclo de Guerrero no Fla. Se, entretanto, ele for absolvido ou tiver mantida a pena de seis meses, já cumprida, a conversa continua. No momento, o maior empecilho seria o prazo do novo contrato. Paolo quer um vínculo de três anos, que os dirigentes, com razão, consideram desaconselhável, devido à idade dele (34 anos).

Se o tribunal não aumentar a pena de Guerrero, o fiel da balança será o que ele vai produzir em campo, nos 10 jogos que ainda poderá fazer até o  término do contrato atual. E a avaliação começa hoje.

Alívio

A vitória do Vasco sobre o América Mineiro (com excelente e animadora atuação de Kelvin) foi importantíssima para acalmar um pouco os ânimos na Colina Histórica, após a confusão com os torcedores invasores e a posterior debandada dos vice-presidentes do clube, imerso em gigantesca crise política. Alexandre Campello deve apressar a vinda de Rodrigo Caetano, para assumir o futebol e tentar isolá-lo do caldeirão em ebulição fora das quatro linhas.

Os culpados

Cenas lamentáveis como as do assédio no embarque do Flamengo e da invasão do campo de São Januário só acontecem porque os dirigentes dos clubes são os primeiros a incentivar uma vergonhosa convivência com o que há de pior nas torcidas organizadas. Algumas delas chegam a agir como guarda-costas de determinados cartolas e quem conhece, por exemplo, o dia a dia do Vasco sabe bem do que estou falando. 

Ninguém invade um clube se não tiver quem abra um portão, quem dê dicas da melhor forma de entrar e do horário ideal para tumultuar o ambiente. Porque, no frigir dos ovos, é isso que se quer. Tais brutamontes agem sempre a mando de alguém – pasme, às vezes até dos próprios mandatários, interessados em criar um clima de pressão sobre o elenco, sem assumir a responsabilidade. Normalmente, porém, é mesmo coisa da oposição e a prática se acentua em anos eleitorais.

Beócios por toda a parte

Um morto, em briga fora do estádio, no clássico de Campinas, e pancadaria generalizada, na arquibancada, no clássico de Goiás. O futebol é o paraíso dos energúmenos.

Opostos

Enquanto o Fluminense se afunda em dívidas e busca entender até agora o balanço final da administração de Peter Siemsen, o Botafogo comemora um superávit de R$ 53 milhões, em 2017. A boa participação na Libertadores (vindo das fases anteriores à de grupos, chegou até às quartas-de-final, sendo eliminado pelo campeão Grêmio) e uma política de austeridade são apontadas como fatores determinantes para o ótimo resultado financeiro. Tais números não querem dizer, entretanto, que haverá sobra de caixa para investir mais no futebol – as dívidas consumirão a maior parte do superávit. De qualquer forma, o resultado é altamente elogiável e aponta um caminho de sucesso no futuro do Glorioso.

Sinceridade surpreendente

Na véspera do jogaço de hoje, contra o já campeão Barcelona, o técnico Zinedine Zidane, que foi um dos supercraques do Real Madrid, que ora dirige, disse que, em sua opinião, o Campeonato Espanhol é mais difícil que a Liga dos Campeões. 

- É mais bonito e mais complicado. Digo isso desde sempre! – afirmou com a autoridade de quem conquistou duas vezes o Espanhol e outras duas a Liga dos Campeões, jogando com a camisa do Madrid. 

O principal objetivo dos merengues, no clássico, que será disputado logo mais no campo do Barcelona, é impedir que seu maior adversário conquiste o título invicto, algo que os catalães ainda não têm em sua gloriosa história e não acontece na Espanha desde a década de 30, quando o próprio Real Madrid e o Atlético de Madrid conseguiram tal feito.

Tradução

Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, jogo entre o Dois Irmãos e o Ivoti. No último minuto, o centroavante do Dois Irmãos (um dos muitos alemães da numerosa colônia de lá) marca um gol espetacular, de bicicleta! Balança a rede e corre para o banco, gritando, com forte sotaque:

- Mia braça, mia braça!

Todos pulam em cima do artilheiro, que continua a urrar, já desesperado:

- Mia braça, mia braça!

Até o massagista corre para abraça-lo e só então percebem o que o pobre gringo queria dizer:

- Mia braça quebrou...

O infeliz fraturara o braço ao cair, depois de fazer o belíssimo gol de bicicleta...