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Jogador de confiança de Zé: Desábato, o silencioso ditador vascaíno

Camisa 5 do Vasco tem se destacado na qualidade da saída de bola

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Não. O texto atrelado ao título lido não refere-se a líderes autoritários. Mas, sim, ao ditador de rimo do Vasco: Leandro Desábato. Após estar sem espaço no Vélez Sarsfield, o meio-campista ganhou corpo no time de Zé Ricardo e assumiu a vaga deixada por Jean. E, no jogo contra o Botafogo, no último domingo, pela primeira decisão do Campeonato Carioca, ficou evidente a importância do camisa 5 para a construção de jogadas do Cruz-Maltino.

Ao lado de Wellington, Desábato, pouco badalado, teve uma atuação impecável naquilo que se espera de um primeiro homem no meio. Saída de bola veloz e com qualidade, sempre apresentando-se para participar da primeira construção no segundo terço do campo. Dinâmico, foi de sua visão de jogo que foi pavimentada uma triangulação pela direita, em que Rafael Galhardo quase marcou de fora, ainda no primeiro tempo, por exemplo.

Ao todo, Desábato passou 67 vezes de forma correta, com apenas três erros - em suma, representou 15% da posse de bola vascaína contra o Glorioso. Para o próximo jogo da final, domingo que vem, o argentino não atuará ao lado de Wellington, suspenso. Pode ser que seu companheiro seja o jovem Andrey.

O fato é que o time de Zé Ricardo mostrou, mais uma vez, coragem nos minutos finais e superação para alcançar mais uma vitória já nos acréscimos. Há pontos que ainda precisam ser corrigidos para que Desábato e os outros meio-campistas sejam capitalizados, como a qualidade na saída de bola defensiva - algo que Zé inclusive citou em coletiva, afirmando que não quer mudar a filosofia de evitar bolas longas.

Contudo, antes de pensar no Botafogo novamente, o Vasco precisa afinar falhas e aprimorar o que vem dando certo já para quarta-feira, quando o time de Zé visita o Cruzeiro, no Mineirão, pela Libertadores - competição em que já perdeu na estreia da fase de grupos. É uma ótima oportunidade para Desábato seguir se destacando em um torneio que conhece bem, pois já jogou três edições pelo Vélez. E é bom que todos mantenham o alto nível do silencioso gringo, pois o desafio será dos mais encardidos.