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CBF promete rigor com árbitros e "respeito ao ser humano"

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Em sua apresentação oficial como novo presidente da Comissão Nacional de Arbitragem da CBF, o coronel Marcos Cabral Marinho de Moura prometeu agir com mais rigor para punir árbitros que cometam erros graves durante jogos de competições nacionais. "Uma coisa é deixar de dar um impedimento com o atleta a um metro de distância do adversário;  outra é fazer o mesmo quando a diferença é de 15 centímetros. Da mesma forma, não vamos acolher omissões".

Para ele, que vai substituir Sergio Correa no cargo, um árbitro que se equivocar de forma escandalosa deve ficar fora de escala: ser rebaixado, ou seja, passar a apitar jogos de divisões inferiores. E ainda será submetido a uma entrevista interna para que se saiba se está vivendo algum problema pessoal, familiar.

"Vamos fazer isso sempre respeitando o ser humano. Mas nosso critério vai valer para todos, incluindo, claro, os árbitros assistentes, que na maioria das vezes são os que decidem a partida."

Homem de confiança do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, o coronel Marinho comandou a arbitragem na Federação Paulista de Futebol de 2005 a janeiro de 2016. Quando chegou ao cargo, 11 anos atrás, disse que não conhecia nada do ramo. Agora, afirmou que se sente capacitado.

Ele se mostrou contrário ao sistema de sorteios para definir as escalas, mas disse que vai seguir o que determina a legislação. "Com algumas mudanças", ressalvou, sem adiantar quais seriam. "O sorteio está na lei, no Estatuto do Torcedor. Isso é obrigatório. Se a lei mudasse, seria melhor."

De acordo com o coronel, a pressão dos clubes sobre a Comissão Nacional de Arbitragem é natural e é preciso saber lidar com ela. "Vamos ouvir os dirigentes e avaliar as críticas". Marinho falou com a imprensa na tarde desta quarta na sede da CBF.