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Itália pede rapidez em caso de doping de astro do atletismo

Alex Schwazer pode perder a Rio 2016 por uso de anabolizantes

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O presidente do Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni), Giovanni Malagò, afirmou nesta quinta-feira (23) que ainda tem esperanças de ver o marchador Alex Schwazer, medalha de ouro nas Olimpíadas de 2008 e pego pela segunda vez em um exame antidoping, competindo nos Jogos do Rio de Janeiro. 

No entanto, ele reconheceu que a situação do atleta italiano se complicou. "Eu sou alguém que sempre tem esperança, sempre sou otimista. Mas a história aponta para outro tipo de direção, a não ser que apareça algo diferente. Veremos", disse o cartola. 

Malagò ainda pediu para a Federação Internacional de Atletismo (Iaaf) acelerar a contraprova em Schwazer e resolver a questão antes do dia 5 de julho, quando faltará um mês para o início das Olimpíadas. O italiano testou positivo para anabolizantes em um exame realizado no último dia 1º de janeiro, quando ainda se preparava para voltar de um gancho de três anos e nove meses por doping. Ele havia sido pego com o hormônio Eritropoetina (EPO) às vésperas dos Jogos de 2012. 

O episódio afetou até sua então namorada, a patinadora Carolina Kostner, punida com 16 meses de suspensão por cumplicidade. Afastado das provas, o marchador sempre falou no sonho de disputar as Olimpíadas do Rio de Janeiro, mesmo com o pouco tempo que teria para conquistar uma vaga. 

Sua punição terminou em 29 de abril de 2016, e ele retornou às provas no dia 8 de maio, quando venceu a Copa do Mundo de Marcha Atlética, disputada em Roma, na categoria 50 km e assegurou o índice olímpico. O resultado também o levou à segunda posição no ranking mundial, o que o colocava como um dos favoritos a medalha no Brasil. 

No entanto, a nova denúncia de doping pode colocar tudo a perder. Em coletiva de imprensa, Schwazer denunciou um "complô" e disse que "alguém" não quer vê-lo no Rio. Além disso, prometeu lutar para provar que seu retorno foi "limpo".