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COB não vê problemas em continência de atletas militares no Pan de Toronto

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O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) considera a continência de atletas militares no pan de Toronto como "demonstração de patriotismo, sem qualquer conotação política, perfeitamente compatível com a emoção do atleta ao subir no pódio e se saber vencedor." A entidade divulgou nota nesta quarta-feira (15) após imagens de atletas, no pódio, prestarem continência à Bandeira Nacional terem gerado debates. 

"É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim, todo o tempo", diz ainda a nota. Com cerca de 130 atletas militares no Pan-Americano de Toronto, o Ministério da Defesa, por meio das Forças Armadas Brasileiras, tem nesta competição o maior contingente em uma competição esportiva, chegando inclusive a superar muitos países na disputa.

>> Pedido ou espontâneo? Entenda continência dos atletas no Pan

A partir da conquista de medalhas, e seguindo aquilo que preconiza a legislação militar, os atletas, no pódio, prestam continência à Bandeira Nacional. As imagens transmitidas pela televisão geraram debate sobre o gesto. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB), divulgou nota oficial acerca do assunto, confira abaixo.

"Nota do Comitê Olímpico do Brasil sobre a continência dos atletas brasileiros

O projeto de parceria das Forças Armadas (FA) com o Comitê Olímpico do Brasil (COB) teve início em 2009. Naquela ocasião, o Brasil fora escolhido para sediar os V Jogos Mundiais Militares e precisava formar uma equipe de militares capaz de representar com sucesso o anfitrião do evento. Por outro lado, o COB entendeu que o apoio das FA seria de grande valia na preparação de nossos atletas de alto rendimento.

Para avaliar o desafio, uma equipe do Ministério da Defesa e do COB viajou à Europa e verificou como isso funcionava em países como Alemanha, França, Itália, Hungria, etc. A Marinha e o Exército decidiram então publicar editais com as condições para seleção e admissão dos candidatos. Concretizava-se um sonho antigo daqueles que acreditavam que o exemplo de outras nações tinha tudo para dar certo no nosso país. Recentemente, a Força Aérea aderiu ao programa. Ministério da Defesa, Ministério do Esporte e Comitê Olímpico do Brasil uniram ações e recursos para que todas as dificuldades fossem superadas.

O indiscutível sucesso dessa iniciativa se reflete em números altamente positivos. Os atletas foram criteriosamente selecionados e passaram por treinamentos duros e períodos de adaptação à nova situação profissional. Hoje, mais de trezentos deles ganharam direitos e deveres da profissão militar. Com isso, se sentem ainda mais amparados para se superar a cada dia, em busca de vitórias que projetam o nome do Brasil. Dezenas de medalhas foram conquistadas por eles em competições internacionais de diferentes níveis.

Sobre o assunto que motivou essa introdução:

1 - O Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito prevê que a "continência é a saudação do militar". É um sinal de respeito que deve ser prestado, estando ou não com a cabeça coberta. Reza ainda que o militar da ativa deve, em ocasiões solenes, prestar continência à Bandeira e Hino Nacional Brasileiro e de países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim, todo o tempo.

2 - O COB entende, portanto, que a continência, além de regulamentar, quando prestada de forma espontânea e não obrigatória, é uma demonstração de patriotismo, sem qualquer conotação política, perfeitamente compatível com a emoção do atleta ao subir no pódio e se saber vencedor. Segundo muitos deles, representa também um reconhecimento pelo apoio que recebem das Forças Armadas e uma manifestação do orgulho que têm em representar o país.

Atenciosamente,Comitê Olímpico do Brasil”