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Justiça aceita denúncia de cambismo na Copa de 2014 que envolve 11 acusados

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O Juizado do Torcedor e dos Grandes Eventos aceitou a denúncia contra 11 acusados de vender ilegalmente ingressos para jogos da Copa do Mundo de 2014. Audiência de instrução foi marcada para o dia 10 de agosto. 

Um dos réus é Mohamadou Lamine Fofana, ex-jogador de futebol e empresário franco-argelino, considerado o chefe da quadrilha internacional de venda ilegal de ingressos. A ação faz parte da operação "Jules Rimet", que em 1º de julho de 2014 prendeu 12 pessoas. 

Raymond  Whelan também havia sido incluído na denúncia, do MP, mas as acusações contra ele foram arquivadas. Ele é um executivo de uma empresa ligada à Fifa, chamada Match Services, e o Ministério Público informou que vai recorrer contra o arquivamento. 

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Outros nomes que fazem parte da denúncia são Alexandre da Silva Borges, o "Xandy"; Antonio Henrique de Paula Jorge, “Pará”, “Patrão” ou “Jogador”; Marcelo Pavão da Costa Carvalho, o “Caju”; Sergio Antonio de Lima, o “Serginho"; Julio Soares da Costa Filho; Fernanda Carrione Paulucci; Ernani Alves da Rocha Junior, o "Junior"; Alexandre Marino Vieira; Ozeas do Nascimento e José Massih. eles irão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, corrupção ativa e cambismo. 

As investigações apontam que três empresas de turismo localizadas em Copcabana, na Zona Sul do rio de Janeiro, faziam contato com agências de turismo que traziam turistas estrangeiros ao Brasil e vendiam ingressos acima do preço. Esses ingressos se tratavam de cortesias a patrocinadores, ONGs e destinados à comissão técnica da Seleção Brasileira. uma entrada para a final da Copa chegava a custar R$ 35 mil e estima-se que a quadrilha faturava até R$ 1 milhão por jogo. Segundo a polícia, entradas vendidas por agentes oficiais da categoria "hospitalidade", pacotes de luxo controlados pela Match Hospitality também iam parar nas mãos de Fontana. 

As investigações começaram um mês antes da Copa e a ação da polícia contou com interceptações telefônicas, ações controladas e filmagens da venda de bilhetes, além de desarticulação de três agência de turismo.