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Após brincar, Blatter volta a negar corrupção: "comprovem"

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Depois de brincar com as palavras na última semana ao dizer que não renunciou ao cargo de presidente da Fifa, apenas o deixou à disposição, o ainda presidente Joseph Blatter voltou a negar envolvimento no esquema de corrupção que atrai os olhares do mundo para a entidade. Após as prisões no fim de maio, Blatter chegou a ser reeleito, mas abriu mão de exercer o mandato para evitar ser relacionado com as polêmicas.

Em entrevista à revista alemã Bunte nesta quarta, Blatter voltou a dizer que não teve nada a ver com as investigações do FBI e da polícia suíça, que desvendam, pouco a pouco, o esquema que desviou US$ 150 milhões (R$ 470 mi) nos últimos 24 anos. "Qualquer um que me acuse de corrupto, a primeira coisa que tem que fazer é comprovar. Ninguém poderá fazer isso porque não sou corrupto", declarou.

O mandatário da Fifa não foi citado nas investigações até então, e mesmo dizendo não dever nem temer, preferiu abrir mão de exercer o quinto mandato na presidência da entidade, no começo de junho. No cargo mais alto da Fifa desde 1998, Blatter ficará no cargo pelos próximos seis meses, até que eleições sejam marcadas para definir o novo mandatário, o que deve acontecer entre dezembro de 2015 e janeiro de 2016.

Enquanto Blatter segue indo a público - com menos constância - para fazer declarações e participar de inaugurações, como aconteceu na última semana com o museu da Fifa em Zurique, os sete dirigentes envolvidos no esquema seguem presos em Zurique após pouco mais de um mês da explosão do escândalo.

Após não ir à final do Mundial Sub-20 na Nova Zelândia, em junho, Blatter anunciou nesta quarta, por meio de um porta-voz, que também será ausência na final da Copa do Mundo feminina, que está sendo disputada no Canadá. De acordo com Richard Cullen, o presidente alegou "motivos pessoais" para desistir de comparecer ao evento.