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Fifa: Craques e os negócios ligados aos empresários suspeitos

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Os escândalos no mundo do futebol sacudiram [e continuam agitando] os bastidores da instituição máxima do setor - Fifa - tanto quanto levantaram especulações de supostas relações entre empresários e grandes nomes do esporte. 

Durante a Copa de 2014 no Brasil, um dos nomes de maior destaque foi Ronaldo Fenômeno, desta vez fora dos campos. Ele ocupou um cargo de direção no Comitê Organizador Local (COL), que por sua vez teve financiamento da Fifa. Atuou como porta-voz do comitê e participou das visitas de vistoria dos estádios nas cidades-sede ao lado das autoridades da Fifa. Ronaldo, na época, disse que o convite foi "uma honra".   

O nome do Fenômeno também aparece no quadro de sócios do Grupo WPP do Brasil, além da participação na empresa de marketing esportivo 9ine. Ogilvy & Mathers Brasil Comunicação, do grupo WPP do Brasil, ganhou em outubro de 2010 uma licitação da Embratur. O contrato começou no final de 2010 e foi até  junho de 2014, por meio de aditivos. A Marfinite, do Grupo 9nine, forneceu assentos para a Arena Fonte Nova, em contratos de reformas dos estádios para a Copa de 2014.

No ano de 2002, Ronaldo se dedicou a um projeto de comunicação para compra de direitos de transmissão do Campeonato Espanhol pela TV Band. Gol de placa e a parceria aconteceu com a empresa Traffic, citada nos escândalos de corrupção da Fifa. Quem se pronunciou sobre o assunto foi Kleber Leite, que naquela época era vice-presidente da Traffic. A Klefer, empresa de Kleber Leite, também é alvo de investigação no caso.

Com relação à Traffic, o seu proprietário J. Hawilla foi morar nos EUA em 2013, buscando novos negócios com o NASL, além de outras sociedades com times de segunda divisão. Um ano depois, quem chega ao mercado do futebol americano? O Fenômeno. A esta altura do campeonato, craque nos campos e nos negócios, tanto na 9nine como no Grupo WPP do Brasil. Ele negociou sociedade no Fort Lauderdale Strikers, que quatro meses antes tinha sido adquirido por empresários brasileiros da Traffic Sport, mesmo grupo do Carolina Railhawks. O executivo norte-americano Aaron Davidson, presidente da Traffic citado nos escândalos de corrupção, é proprietário do RailHawks e ex-presidente dos Strikers.

No rol dos times norte-americanos de segunda divisão, o New York Cosmos teve em 2010 o (re)ingresso de Pelé, que de Nova York se pronunciou acerca da reeleição de Joseph 'Sepp' Blatter, após as prisões pelo FBI, a pedido da Justiça americana, dos cartolas da Fifa. Mas manteve silêncio quanto à renúncia de Blatter, que aconteceu quando Pelé se preparava para acompanhar o Cosmos em um amistoso em Cuba, nesta terça-feira (2/6).