ASSINE
search button

Após renúncia, clima em treino do Paraná é de incerteza

Compartilhar

O clima no treino do Paraná nesta quarta-feira, um dia após a renúncia do presidente Rubens Bohlen, foi diferente do habitual. Comissão técnica e elenco sentiram o momento de mudança, tendo uma incógnita no futuro de cada um. A incerteza é clara. 

O gerente de futebol, Marcus Vinícius, e o supervisor, Fernando Leite, não estiveram presentes no local. Algo que não é habitual, já que os dois são presenças constantes no dia a dia do elenco e aguardam seus desligamentos por terem ficado ao lado do ex-presidente. O superintendente de futebol, Marcelo Nardi, que também é figura diária no dia a dia, entregou seu cargo na manhã de terça. 

Capitão, o meio-campista Lúcio Flávio chamou a responsabilidade e foi o único a falar após o dia histórico no Paraná. Normalmente, a assessoria do clube coloca dois atletas na janela de imprensa, além de um terceiro personagem na maioria. “A partir de agora é que vamos sentir se existirá, de fato, mudanças aqui ou não. O que nos resta é continuar nosso trabalho, até porque nós temos que entender que efetuamos um contrato com a instituição. As pessoas passam, nós passaremos também”, avalia. 

O camisa 10 do Paraná lembrou que se os conselheiros do clube e pessoas que já foram presidentes optaram por isso, para que isso possa ser melhor para o clube, os jogadores têm que respeitar. "Temos que aguardar, porque é uma coisa muito recente, e não foi estabelecida nenhuma situação ainda pra nós. O que esperamos é que o clube possa, diante dessa filosofia, possa se encaminhar bem", completa. 

O técnico Luciano Gusso, por exemplo, parecia mais sério que o normal durante a atividade. Por também defender Bohlen durante a turbulência política, mesmo com a boa campanha na 4ª colocação e já classificado para a fase mata-mata com uma rodada de antecedência, o novo treinador não é unânime entre o grupo que assumirá o Paraná. 

Além disso, a inexperiência em Série B também pode influenciar na sua saída. Por outro lado, a boa relação com Carlos Werner, um dos líderes do movimento, pode dar fôlego ao comandante. 

Na sexta-feira,  Luiz Carlos Casagrande, novo presidente por estatuto, toma posse do cargo na sede social da Kennedy. Além disso, o mandatário deve anunciar as primeiras mudanças oficiais: a entrada de Durval Lara Ribeiro, o Vavá, na pasta do futebol, e o retorno de Werner para a coordenação das categorias de base.