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Aos 38 anos, Marcos Assunção reluta em parar

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Afastado do futebol profissional desde setembro do ano passado, Marcos Assunção, diferente do que muitos pensam, ainda não pendurou oficialmente as chuteiras. Sem clube desde quando rescindiu contrato com a Portuguesa, o volante de 38 anos acredita que ainda pode contribuir dentro das quatro linhas, mas avisa que só volta caso apareça uma proposta "legal" para ele. Caso contrário, continuará em casa curtindo a família.

"Muita gente me liga, pergunta... Antigamente eu corria atrás, queria muito, mas nesse tempo todo que fiquei em casa aprendi a ser pai de verdade. Levo meus filhos na escola, no futebol, busco, vou andar de bicicleta... Talvez eu tenha me acostumado a estar do lado deles. Isso, somado com o tanto de tempo que já vivi no futebol, fez com que não tivesse toda essa vontade de correr atrás para voltar logo a jogar”, disse ele em entrevista ao Terra, durante um evento organizado pela TOV Corretora em um society de São Paulo.

"Se pintar alguma coisa, sim, vou jogar. Agora se não aparecer nada, ou aparecer algumas coisas que não são legais, que vejo que vou sofrer, passar raiva, prefiro ficar na minha casa cuidando dos meus filhos", completou Assunção.

Quando perguntado se uma dessas "coisas não legais" havia sido a passagem pela Portuguesa, onde ficou apenas dois meses, ele concordou. "Foi. Antes de ir para lá conversei muito com o Rodrigo Fabri, que é meu amigo pessoal e fazia parte da diretoria. Antes de fechar o contrato falei: ‘a partir do momento que tiver alguma coisa que não gosto, que não estou de acordo, eu saio. Ele concordou. Aí aconteceram algumas situações que não estava gostando, peguei minhas coisas e fui embora. Liguei para ele e ele me deu razão. São coisas que servem de lição para que a gente não erre novamente, coisas que te deixam meio frustrado", lamentou.

Apesar de morar em São Paulo, Marcos Assunção não tem preferência por região específica para o retorno ao mundo da bola. "Para ser jogador você tem que abrir mão de algumas coisas. Durante muito tempo abri mão da minha família e muitas vezes eles ficaram do meu lado. Eu ainda quero jogar, se pintar aqui em São Paulo, bem, se pintar em outro estado, e for uma coisa legal, a família concordando, vamos lá", finalizou.