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Escândalo no Vôlei: Jogadores acenam com a possibilidade de parar a Superliga

Atitude seria tomada até o desenrolar do escândalo denunciado pela Corregedoria Geral da União

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Na última quinta-feira (11), o Banco do Brasil anunciou que iria desfazer a parceria de 23 anos com a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) graças ao relatório divulgado pela Controladoria Geral da União (CGU) que aponta irregularidades na gestão do dinheiro público investido no esporte. Ao todo, 13 contratos dos anos de 2010 a 2013 apresentaram irregularidades. A soma de todos esses contratos chega à casa dos R$30 milhões. Em reação imediata ao escândalo, os jogadores se manifestaram em suas contas no Twitter, cobrando uma posição da classe, e uma explicação clara dos dirigentes.

O campeão olímpico em Atenas, Gustavo Endres, através da rede social, convocou os companheiros para se posicionarem e inclusive acenou até mesmo com uma possível paralisação da Superliga de Vôlei até que o caso seja esclarecido. 

Em resposta ao irmão e companheiro de Seleção, Murilo Endres pediu que os dirigentes envolvidos no escândalo apareçam para dar a “cara a tapa” e não apenas ficar divulgando notas oficiais.

>> Após denúncias, Banco do Brasil suspende patrocínio à CBV

Já o jogador do Taubaté e da Seleção, Felipe Fonteles, o Lipe, foi mais duro e disse que não joga vôlei para sustentar falcatruas, demonstrando apoio aos colegas de Seleção Brasileira.

A multi campeã Ana Moser foi outra que demonstrou sua indignação com o escândalo, e disse que o voleibol é muito maior do que tudo isso, além de pedir a unificação dos adeptos do esporte para reconstruir o vôlei nacional.

Entre as irregularidades apontadas pela CGU estão pagamentos para empresas que possivelmente são fantasmas e que pertencem aos genros do ex presidente da CBV e atual presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIV), Ary Graça. Além disso, o órgão do Governo Federal apontou que os bônus relativos às performances não eram repassados aos atletas.

O Banco do Brasil afirma que retomará o patrocínio assim que a CBV adotar as recomendações que foram solicitadas no relatório da CGU. Relatório este, que isenta o Banco do Brasil de responsabilidade em qualquer irregularidade encontrada pela Corregedoria.

Em nota, o ex-presidente da CBV e atual presidente da FIV, Ary Graça, disse que não teve acesso ao relatório, mas negou todas as acusações envolvendo o seu nome que estão sendo divulgadas na imprensa.

O atual presidente da CBV, Neuri Barbieri, disse que vai contestar alguns itens do relatório de irregularidades divulgado pela Corregedoria Geral da União, principalmente o que diz que o atual diretor da confederação, Marcelo Wangler, receba dois salários mensais, o que segundo Barbieri, não é verdade. Além disso, de acordo com ele, a atual diretoria está tomando todas as providências para corrigir os erros cometidos pela antiga gestão, e espera conseguir, o mais rápido possível, cumprir todas as exigências da Corregedoria Geral da União. Barbieri demonstra confiança na volta do investimento do Banco do Brasil no esporte, que atualmente é o que mais da alegrias ao povo brasileiro.