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Por Maracanã lotado, Luxemburgo combate preços abusivos 

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O mercado profissional exige moeda forte para manter o padrão de um espetáculo. Os eventos esportivos, historicamente, têm preços diferenciados fase a fase nas competições. As finais sempre têm ingressos mais caros em relação aos demais jogos do campeonato.

No entanto, os clubes adotam uma prática mais abusiva e aumentam muito o preço dos ingressos quando o seu time chega à final. Foi assim no ano passado, quando a diretoria do Flamengo chegou a cobrar o lugar mais caro 250% mais do que na fase anterior. O técnico Vanderlei Luxemburgo tem uma visão diferente desta estratégia.

“A diretoria tem um projeto e preço de uma final deve ser diferente de qualquer outro jogo. Isso é natural em qualquer competição. Não me envolvo nesta parte, mas acho que a perda se recupera com conquista. A melhor coisa para o time de futebol é ganhar. Você vende mais, melhora patrocínio e busca novas receitas. Futebol vive de conquistas. Não adianta o departamento de marketing criar 500 produtos se você não vencer. Nada vai vender. Os times do Rio Grande do Sul e de Minas estão trabalhando bem o sócio-torcedor. Nós ainda estamos começando a caminhar neste sentido também, o que vai tornar o Flamengo mais forte”, destacou o treinador.

A presença do torcedor no Maracanã tem sido um diferencial do time nas últimas rodadas do Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Diante do América-RN, por exemplo, 42.406 torcedores foram ao estádio, com 37.760 de público pagante (renda de R$ 1.688.237,50).

“A torcida do Flamengo inflama o time no Maracanã, mas precisamos chamar o jogo. Vem uma jogada diferente, um drible, um lance que levanta o torcedor. Foi o que aconteceu”, ressaltou Luxemburgo.

A semifinal marca encontro de grandes times do futebol brasileiro e reedita a final do Campeonato Brasileiro de 1980, quando o Flamengo venceu o Atlético-MG por 3 a 2, no Maracanã.

O treinador rubro-negro defende o formato que foi utilizado nesta edição, que permitiu a inclusão dos participantes da Libertadores, algo que não acontecia nos outros anos.

“O time que disputa uma Libertadores não pode perder o direito de disputar uma Copa. O Cruzeiro perdeu e nós passamos apertado. Agora, temos que esquecer a Copa do Brasil e focar nos três próximos jogos”, alertou Luxemburgo.

O Flamengo aguarda o sorteio amanhã, na sede da CBF, para saber qual será a ordem do mando de campo na semifinal (29 de outubro e 5 de novembro) contra o Atlético-MG.