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Copa: Seleção se apresenta com Neymar em xeque e reservas em alta

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Com 18 dias de preparação antes da partida de estreia na Copa do Mundo, contra a Croácia, no dia 12 de junho, os 23 selecionados pelo técnico Luiz Felipe Scolari se apresentam na Granja Comary nesta segunda-feira. Apesar de sete modificações em relação aos jogadores que conquistaram o título da Copa das Confederações, Felipão manteve a base da equipe.

Tanto que os 11 titulares que levaram o título no ano passado devem continuar no mesmo posto neste início de trabalho da Seleção. Porém, a fase dos principais jogadores não é a mesma que em 2013. Nomes como Paulinho, Neymar e Fred viveram um ano turbulento e chegam com mais desconfiança do que há um ano. Por outro lado, novos nomes como os de Willian e Fernandinho apresentam potencial para roubar uma das vagas de titulares e, quem sabe, mudar um pouco a cara do grupo.

Confira como está a fase atual dos 23 jogadores da Seleção na Copa do Mundo e o que mudou em relação à Copa das Confederações:

Júlio César – Assim como aconteceu na Copa das Confederações chega sob desconfiança dos críticos. Se em 2013, era questionado por jogar no modesto Queens Park Rangers, agora muitos criticam a escolha do arqueiro em ir atuar na Major League Soccer. Porém, para Luiz Felipe Scolari, principal interessado, o experiente goleiro é indiscutivelmente o titular da posição.

Jefferson – Apesar do Botafogo ter feito campanha decepcionante na Libertadores e não ter arrancado no Brasileiro como em 2013, as atuações de Jefferson continuam elogiadas. Assim como Júlio César sempre foi nome certo na lista de Felipão desde a Copa das Confederações.

Victor – O jogador do Atlético-MG entra no lugar de Diego Cavalieri no posto de terceiro goleiro da Seleção. Além de passar por uma saia-justa por uma foto publicada por Hulk em que aparecia nu após a conquista da Copa das Confederações, Cavalieri teve um ano complicado desde o título com a Seleção, principalmente por conta da péssima campanha do Fluminense no Brasileiro. Grande nome atleticano na conquista da Libertadores, Victor aproveitou o momento ruim do concorrente para entrar entre o 23 da Seleção. Muitos dizem que, mesmo com o time mineiro em baixa em 2014, o arqueiro vive um momento melhor do que quando foi o herói do torneio continental.

Daniel Alves – Chega com o seu nome ainda em grande destaque na mídia por conta da banana que comeu em resposta a um ato racista de um rival. Apesar do Barcelona ter vivido uma temporada ruim, o lateral fez boas atuações na reta final do Campeonato Espanhol e quase ajudou o time a conquistar o título. A indefinição sobre o seu futuro pode pesar um pouco nas atuações na Copa do Mundo.

Maicon – De volta à Seleção no segundo semestre de 2013, recuperou o bom futebol atuando pela Roma. A aposta de Felipão na Copa das Confederações, levando o improvisado volante Jean como reserva de Daniel Alves parece não ter agradado. Maicon deve ser uma sombra de maior peso para o lateral titular da equipe verde e amarela.

Marcelo – Inquestionável no Real Madrid antes da conquista da Copa das Confederações, sofreu com o excesso de lesões na atual temporada. Chegou a perder a posição para o português Fabio Coentrão, mas recuperou a confiança ao marcar um dos gols do título da Liga dos Campeões. Por conta disso, deve chegar motivado à Seleção, mas o risco de contusões é algo para se ficar atento.

Maxwell – Outro lateral reserva que não esteve na conquista do título da Copa das Confederações. Ganhou a confiança de Felipão nos amistosos que fez pela equipe brasileira após a conquista de 2013 e roubou a vaga de Filipe Luís. Se o jogador do Atlético de Madrid teve poucas chances de mostrar seu futebol no ano passado, Maxwell pode ganhar importância por conta das condições físicas de Marcelo.

David Luiz – Um dos jogadores mais badalados na Seleção na conquista da Copa das Confederações, o zagueiro oscilou entre a posição de titular e reserva no Chelsea e chegou a atuar várias vezes como volante no time de José Mourinho. Porém, a inconsistência na equipe inglesa fez o defensor resolver mudar de ares, se transferindo para o Paris Saint-Germain após o final da atual temporada. Chega para a Copa com o status de zagueiro mais caro do mundo após a mudança de clube.

Thiago Silva – Capitão da Seleção, teve boa temporada no Paris Saint-Germain, levando o time às quartas de final da Liga dos Campeões e ao bicampeonato francês. Chega para a Copa do Mundo como um dos nomes incontestáveis na lista de Luiz Felipe Scolari.

Dante – Depois de sofrer um pouco para conquistar a confiança do técnico Pep Guardiola, terminou a temporada no Bayern de Munique como titular absoluto do time alemão. Assim como a dupla de zaga titular, chega em boa forma, assim como aconteceu na Copa das Confederações.

Henrique – Um dos nomes mais contestados na lista de Felipão, Henrique entra na vaga que foi ocupada por Réver na Copa das Confederações. Por conta das lesões, o zagueiro atleticano era praticamente descartado da lista, porém os nomes de Miranda e Dedé eram mais cotados para ocupar a quarta vaga na zaga do que o de Henrique. O jogador, que fez uma temporada regular no Napoli, tem a confiança de Felipão desde a época em que atuava no Palmeiras.

Hernanes – Espécie de 12º jogador de Felipão na Copa das Confederações. Hernanes foi outro que teve um ano turbulento após a conquista com a Seleção. Se transferiu da Lazio para Inter de Milão e não teve presença tão constante nas listas de convocados de Felipão para os amistosos. Antes da lista final para a Copa, chegou a ser cogitado que o treinador optaria por uma escolha mais ofensiva e levaria Robinho ao invés do volante. Porém, mostrando confiança no jogador, ele optou por Hernanes.

Luiz Gustavo – Titular do Bayern de Munique antes da Copa das Confederações,  acabou perdendo espaço na equipe alemã com a chegada do técnico Pep Guardiola. Para não ficar fora da Seleção, acertou transferência para o Wolfsburg, onde teve uma boa temporada, chegando no mesmo nível na Seleção para a Copa do Mundo.

Fernandinho – Ausente no grupo campeão em 2013, ganhou a posição de Fernando que saiu dos planos de Felipão após a transferência para o Shakhtar Donetsk. O volante do Manchester City, que foi um dos principais nomes da equipe no título inglês, tem tudo para ser um reserva mais forte para Luiz Gustavo nesta Copa do Mundo.

Paulinho – Se no primeiro semestre de 2013, o volante era apontado como o coração do time do Corinthians, Paulinho não foi tão unanimidade após a conquista da Copa das Confederações. Depois de um excelente começo no Tottenham, acabou oscilando, assim como a equipe inglesa e acabou parando até no banco de reservas do time londrino.

Oscar – Após o título da Copa das Confederações, o meia virou um dos xodós do técnico José Mourinho desde que ele chegou ao Chelsea. Apesar de ter sido um dos principais nomes da equipe inglesa, Oscar gerou polêmica entre os torcedores londrinos por ficar de fora da fase final do Campeonato Inglês por conta de uma lesão. Alguns fãs o acusaram de dar mais importância à Seleção do que ao Chelsea. Certo é que o jogador chegará pronto para ajudar o time de Felipão. 

Hulk – Questionado no início da disputa da Copa das Confederações, acabou aos poucos caindo na graça dos torcedores brasileiros durante o torneio. Apesar de não ter conquistado o Campeonato Russo, viveu um ano bom no Zenit, sendo o vice-artilheiro do torneio nacional. Chega com moral à Seleção como um dos titulares indiscutíveis de Felipão.

Willian – Ganha a vaga que era de Jadson, apagado durante a conquista da Copa das Confederações de 2013. A boa chegada ao Chelsea fez o técnico Felipão olhar com bons olhos para o ex-corintiano como um bom reserva no esquema 4-2-3-1 de Scolari. É um dos jogadores que chega em excelente fase para a disputa da Copa do Mundo e pode roubar a vaga de um dos titulares absolutos do setor ofensivo de Felipão. 

Ramires – Depois de ficar de fora da Copa das Confederações, acabou retomando a confiança de Felipão durante os amistosos seguintes ao torneio e tomou a vaga que vinha sendo ocupada pelo jovem Lucas, do PSG. Pode atuar no lado direito do ataque ou como volante, o que dá uma opção maior para Felipão de variação de jogo do que teve no ano passado.

Bernard – O atacante chega em um momento bem diferente do que viveu durante a Copa das Confederações de 2013. Se na época era apontado como um dos principais nomes do Atlético-MG campeão da Libertadores e como a grande revelação do futebol brasileiro, o “menino que tem alegria nas pernas” como apelidou Felipão, amargou grande parte da temporada atual como reserva do Shakhtar Donetsk. Mesmo assim, manteve a confiança do treinador da Seleção e faz parte do grupo que disputará a Copa do Mundo.

Neymar – Se na Copa das Confederações era celebrado como o craque do torneio e a principal contratação do poderoso Barcelona para a temporada, Neymar vive fase bem diferente antes da Copa do Mundo. O jogador passou por ano bastante conturbado, marcado por polêmicas envolvendo os valores de sua transferência para a equipe catalã, atuações oscilantes no seu primeiro ano de futebol europeu, além de duas lesões (coisa rara na época em que atuava no Santos). Apesar dos problemas, ainda é o principal nome da Seleção Brasileira na busca pelo hexacampeonato mundial.

Fred – Assim como aconteceu antes da Copa das Confederações, a condição física de Fred é o fator mais preocupante em torno do centroavante. Titular indiscutível em boa forma, o jogador passou grande parte do segundo semestre afastado por conta de uma lesão muscular. Nos últimos jogos antes de se apresentar a Seleção, recuperou a confiança e vem demonstrando o faro de gol que o levou a ser um dos principais nomes da conquista da equipe verde e amarela no ano passado.

Jô – Da mesma forma que o titular, sua forma física gera desconfiança, já que sofreu uma lesão há poucas semanas. Assim como a equipe do Atlético-MG, caiu de produção no segundo semestre de 2013, mas sempre que vestiu a camisa da Seleção não decepcionou, marcando gols. Teve sua convocação questionada por conta da boa fase de Alan Kardec, mas o bom desempenho na Copa das Confederações ainda pesa muito na preferência de Scolari pelo atacante atleticano.

Luiz Felipe Scolari – Se antes da Copa das Confederações, Felipão tinha como principal objetivo levantar o ânimo do grupo, o treinador terá que controlar um pouco a euforia pela conquista do ano passado para não deixar os jogadores perderem o foco apresentado no torneio de 2013. Sem mudanças no time titular, terá um time mais visado pelos rivais na Copa do Mundo, o que pode complicar um pouco o desempenho do Brasil. Porém, tem o grupo na mão assim como no ano passado.