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Secretário admite não ter suspeitos por morte no Arruda

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O secretário de Defesa Social de Pernambuco, Alessandro Carvalho, concedeu entrevista coletiva, divulgou imagens que mostram de longe o momento em que foram arremessados vasos sanitários na torcida do Paraná, mas admitiu que ainda não há suspeitos pela morte do.torcedor do Sport, Paulo Ricardo Gomes da Silva, que foi vítima da violência quando saia do Arruda, após partida válida pela Série B, entre Santa Cruz e Paraná, na última sexta-feira.

Questionado sobre a existência de suspeitos e de câmeras na parte interna do estádio, ele responsabilizou o Santa Cruz Futebol Clube. “Até o momento nós não temos suspeitos. Essa pergunta é interessante... O Estatuto do Torcedor estabelece que o estádio de futebol tem que ter câmeras internas, coisa que a gente não vê no Arruda. É uma questão basicamente do clube de futebol cuidar do seu estádio, coisa que nós não vemos no momento. Nós temos imagens de duas câmeras da SDS no entorno do estádio. Agora câmeras no interior do Arruda de forma a tomar conta de todo o interior do estádio nós não temos e é necessário”, disse ele.

Alessandro Carvalho também negou que fosse responsabilidade do Batalhão de Choque a segurança dos banheiros, disse que os policiais já tinham saído do estádio no horário da violência e que a responsabilidade por esse controle é do clube. Informando o horário do incidente, 23h10, ele garantiu: “o Batalhão de Choque já tinha saído do estádio e quem tinha que tomar conta do banheiro era a vigilância patrimonial do Santa Cruz”.

“Por parte da polícia do Estado, pelas imagens que nós temos não há e eu coloco de forma pública críticas à ação, nós fizemos a escolta e a atuação mesmo correndo se inicia um confronto. Uma outra questão que nós temos é algo que demora mais tempo, é a mudança da cultura do torcedor. Infelizmente nós temos bons torcedores, pais de família que amam o esporte e temos torcedores que saem com o intuito de se agredirem”.

A morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva indica de que as ações implementadas até o momento pelo Governo de Pernambuco, entidades de futebol (CBF e FPF), pela Justiça, clubes e Ministério Público, ainda não surtiram efeito no sentido de garantir a segurança do torcedor em Pernambuco. E, ao responsabilizar o Santa Cruz, é possível perceber uma sequência de uma batalha política que é travada no futebol pernambucano.