Os gastos previstos para realização da Olimpíadas e Paralimpíadas de 2016 saltaram de R$ 4,2 bilhões para R$ 7 bilhões. O aumento dos custos foi divulgado hoje pelo Comitê Rio 2016. O valor total ainda poderá ter alguma correção e deverá ser divulgado na semana quando serão conhecidos os investimentos dos três níveis de governo. Na prpósta de candidatura, entregue em 2009 ao Comitê Olímpico Internacional (COI), havia uma previsão de gasto dos governos municipal, estadual e federal de R$ 1,4 bilhão.
A justificativa dada pelos organizadores do evento foi por conta da entrada de mais quatro esportes na competição: golfe, rúgbi, paracanoagem e paratriatlo. A tecnologia empregada na realização da competição foi outro fator apontado para o encarecimento dos custos, além da segurança e aumento dos gastos com salários e com a Vila Olímpica. Segundo o diretor geral dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, Sidney Levy, essa diferença de R$ 2,8 bilhões tentará ser compensada pelo Comitê Organizador do Rio 2016 com mais investimentos.
“Acontecem coisas que não estão no nosso controle, como a inflação. Mas é nosso papel trabalhar todos os dias para que esse número seja equilibrado. Fomos ao mercado para trazer mais receitas para compensar as despesas e estamos tendo bastante sucesso”, disse Levy.
Além dos custos com a realização do evento, deverão ser computados ainda os gastos com as construções da infraestrutura necessária para disputa dos jogos, reformas de instalações e obras de apoio ao evento. Na próxima semana deverá ser entregue a matriz com a definição das responsabilidades sobre os jogos. Na Olimpíada anterior, realizada em Londres, o documento foi entregue com mais de mil dias de antecedência, prazo que não será cumprido pelo Brasil, já que estamos a 925 dias da competição.