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Com Neymar e reservas, Brasil massacra Austrália em Brasília

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O ambiente esteve longe de parecer o da Copa das Confederações, mas a Seleção Brasileira manteve o bom futebol apresentado na conquista de junho e atropelou a Austrália por 6 a 0 no Estádio Mané Garrincha, neste sábado, em Brasília. O time comandado por Felipão construiu a vitória ainda no primeiro tempo com três gols e poderia ter feito muito mais em um rival que, apesar de classificado para a Copa de 2014, mostrou extrema fragilidade.

Com o estádio de R$ 1,5 bilhão com vários clarões nos setores de valores mais caro e um público de 40.996 em um total de 70 mil ingressos disponibilizados, a Seleção encontrou um gramado ainda não perfeito, mas em melhores condições do que na estreia do Brasil na Copa das Confederações contra o Japão e nos jogos seguintes, principalmente de equipes cariocas. Fechado por duas semanas, o campo passou por tratamento intensivo.

Mas diante de um adversário jogando fechado, mas vazado logo aos 7min, o gramado pouco atrapalhou a evolução de um time muito modificado em relação ao da Copa das Confederações. Com Daniel Alves, Oscar, Hulk e Fred machucados, Felipão observou Maicon, Ramires, Jô e Bernard. Pressionado pelo treinador a mostrar serviço para garantir uma vaga no grupo de 2014, eles não decepcionaram.

Saiu da dupla que levou o Atlético-MG à conquista da Libertadores os dois primeiros gols. Em um duelo praticamente de ataque contra defesa, logo aos 7min Neymar virou a bola para Bernard, que acertou a trave em um chute forte. Na sobra, Jô aproveitou de primeira e deixou a Seleção na frente.  Em rápido contra-ataque aos 33min, o Brasil conseguiu aumentar: Paulinho roubou bola, Maicon tocou para Bernard, que cruzou na medida para Jô fazer o segundo na partida.

A Austrália teve em uma sequência de escanteios seu maior brilho durante a partida. Em resposta, Neymar enfileirou adversários em uma jogada em que quase marcou um gol de placa e fez o terceiro. Desta vez foi Ramires, que ficou fora da Copa das Confederações após entrar em polêmica por uma dispensa por lesão em março, quem brilhou com um lançamento em profundidade que deixou ao atacante do Barcelona apenas a tarefa de tocar na saída de Scwarzer. Com 35min, o Brasil definiu um jogo e teria o segundo tempo apenas para treinar.

Satisfeito com o rendimento do time, Felipão apenas fez uma alteração no intervalo por nova contusão, desta vez de Marcelo. Maxwell entrou em seu lugar e não demorou a construir o quarto gol. Ele cruzou na cabeça de Ramires, que mesmo sendo baixinho ganhou dos grandalhões australianos para testar forte.

A presença do volante do Chelsea no ataque com constância é resultado de um teste realizado por Felipão. Com Luiz Gustavo preso na cabeça-de-área, Paulinho ganhou mais liberdade e formou ao lado de Ramires uma segunda linha com mais liberdade para atacar. Bernard pela direita e Neymar pela esquerda serviam de apoio para Jô em um esquema que, pelo menos diante da frágil Austrália, teve aprovação e eficácia.

Com o jogo definido, Felipão iniciou uma série de alterações com as entradas de Hernanes, Alexandre Pato e Lucas, que vem perdendo espaço gradativamente no grupo. Duas das mexidas funcionaram bem aos 26min: Hernanes deu excelente passe para Neymar, que cruzou para Alexandre Pato, em retorno à Seleção Brasileira, fazer o quinto gol brasileiro. Houve ainda tempo para Luiz Gustavo, um dos jogadores mais eficientes desde a Copa das Confederações, fazer o sexto da Seleção Brasileira aos 38min. 

O Brasil eleva o nível de teste na próxima terça-feira, quando enfrenta Portugal em Boston. Os portugueses jogam desfalcados de Cristiano Ronaldo, mas irão oferecer mais resistência do que os frágeis australianos. Em outubro, a Seleção viaja a China para enfrentar a Zâmbia e encara a Coreia do Sul. Em novembro, os amistosos devem ser nos Estados Unidos,  restando apenas uma data em março para jogo antes da convocação para a Copa.