Os clubes de futebol não poderão participar da concorrência pública que vai conceder a administração do estádio do Maracanã por pelo menos 35 anos. É o que prevê a minuta de audiência pública lançada nesta segunda-feira pelo governo do Rio. O concessionário terá que pagar R$ 7 milhões de outorga anual.
Está prevista ainda a demolição do estádio de atletismo Célio de Barros e do Parque Aquático Júlio Delamare, que ficam no entorno do Maracanã. Segundo o edital, dois novos centros esportivos deverão ser erguidos num raio de cinco quilômetros no entorno do estádio.
"Não queremos que estádio seja de clube A ou de clube B. Pela sua importância, deve ser acessível a qualquer clube. Não faz sentido que Maracanã seja estádio de um só clube", afirmou o secretário da Casa Civil do Rio, Régis Fichtner.
O concessionário também terá que modernizar o Maracanãzinho, construir dois estacionamentos com pelo menos duas mil vagas, além da instalação de um Museu do Futebol, área com bares e restaurantes e obras de pavimentação e iluminação na região.
A previsão é de que esse investimento chegue a R$ 469 milhões. A audiência pública sobre a licitação está marcada para o dia 8 de novembro, no Porto do Rio.