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"Quarteto Fantástico" domina final e leva Espanha a mais um título

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De tão técnica, a Espanha às vezes parece jogar com vários camisas 10 em campo. Mas a verdade é que quatro deles fazem, cada um a seu estilo, a equipe que não cansa de tocar a bola e, quando a desperdiça, corre para retomá-la. Além de Fàbregas, que efetivamente veste a 10, Xavi, Iniesta e David Silva formam esse "Quarteto Fantástico" que dominou a Itália por completo neste domingo, venceu por 4 a 0 em Kiev e se transformou no primeiro bicampeão da história do torneio. Ou o primeiro a fazer o "triplete" em quatro anos.

Primeiro, vamos falar de Xavi Hernández. O melhor da Eurocopa 2008 admitiu, no sábado: "gostaria de ter sido mais decisivo nos jogos que fizemos". Pois sua final contra a Itália foi impecável. Para muitos, o melhor em campo - para a Uefa, foi Iniesta. Segundo principal passador, serviu Jordi Alba e Fernando Torres para dois dos quatro gols. Suas únicas assistências na Euro, justamente na final. Como em 2008, já que ele abriu o caminho para Torres marcar contra a Alemanha em Zurique.

Andrés Iniesta, a quem deverá ser entregue possivelmente o prêmio de Bola de Ouro da Eurocopa, deixa o torneio como o único espanhol a receber o troféu de melhor em campo por três jogos - de seis que ele disputou. É verdade que faltou marcar para coroar um torneio quase irretocável, mas a cota do autor do gol do título mundial está bem preenchida para o resto da história. Foi de Iniesta o passe belíssimo para Fábregas servir ao gol de David Silva logo no início da final.

Cesc Fàbregas não fica atrás: reserva em três jogos, se juntou a Aaron Winter como o jogador mais acionado do banco na história das Eurocopas. Também foi o falso nove que atormentou a cabeça de Vicente del Bosque com tantas críticas nos momentos mais difíceis da Espanha na competição. Mas trouxe grandes soluções como no gol diante da Itália na abertura e no jogo duro com a Croácia. Conseguiu enfim ser titular na final, como foi na Euro 2008: garçom de Iniesta na decisão da Copa do Mundo, reapareceu para servir David Silva no primeiro dos quatro gols da decisão.

David Silva é um capítulo à parte. "O nosso Messi", intitulou Del Bosque. Titular e referência na Eurocopa 2008, foi reserva pouco acionado dois anos depois, mas ressurgiu como o grande armador do campeão inglês Manchester City. De volta à equipe na Euro 2010, fez dois gols, um deles o mais importante da final. Concedeu três assistências e deixa o torneio como o principal garçom junto de Özil e Arshavin. Como o quarto membro do "Quarteto Fantástico" que dá desespero aos rivais da Espanha.