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Com pênalti perdido e gol contra, zagueira vira a vilã do Brasil

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Daiane Menezes Rodrigues, simplesmente Daiane. No ambiente da Seleção Brasileira, Bagé. A camisa 3 do Brasil, dona de impecável primeira fase, ficará marcada na história como a vilã na derrota sofrida contra os Estados Unidos. Em três momentos fundamentais da partida, ela falhou de forma fatal para a Seleção, que disse adeus à Copa do Mundo Feminina de Futebol.

A 1min de jogo, Daiane colocou contra as próprias redes, dificultando a tarefa do Brasil. Com boa desenvoltura ao longo da partida, falhou justamente no gol de Wambach no instante decisivo: é ela quem evita o impedimento da atacante. Após o cruzamento, perde pelo alto e atrapalha Andreia, que não consegue alcançar. Solitária, a camisa 20 americana empurra para o gol.

Se já não bastassem os dois erros, Daiane foi escalada para a terceira cobrança na disputa por pênaltis. Bateu mal, fraco e à meia altura. A zagueira então parou em Hope Solo: outro erro decisivo para a eliminação da Seleção com 5 a 3.

Abordada por repórteres na saída do estádio, a zagueira não quis dar entrevistas. "Ela ficou realmente muito triste. Foram erros em momentos decisivos, mas é uma jogadora que tem bastante crédito e todo o grupo sabe da importância dela. É muito séria, forte, e vai superar isso", defendeu o treinador Kleiton Lima após a eliminação. Líbera do Brasil, Daiane estreava em grandes competições.

O técnico também defendeu Erika, que fez cera nos instantes finais. O gol das americanas sairia após dois dos três minutos de acréscimos dados pela arbitragem. "Ela sentiu dor nas costas, teve trombada com a menina. A árbitra acresceu o tempo necessário, foram três e no último saiu o gol. É natural do futebol", disse ele. Kleiton também deu mais detalhes sobre o clima do vestiário.

"Todo mundo muito triste, não tem jeito. Depois de uma perda dessas, no último segundo...a gente lutou demais, se esforçou demais e se entregou com todo o coração. Você sair derrotado deixa muito triste. Por mais que tente levantar a cabeça, traga a elas palavras de superação, conforto, nada vai mudar de uma hora para outra. Precisamos de unidade após as derrotas".