O governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, informou nesta quinta-feira que a administração do Maracanã será cedida à iniciativa privada após a Copa do Mundo de 2014. A licitação para a privatização do complexo, incluindo o ginásio do Maracanãzinho, deve ser lançada já no segundo semestre deste ano.
"Não tem cabimento um estádio como o Maracanã nas mãos do poder público. A concessionária terá de ter, obviamente, obrigações públicas. O estado tem de concentrar os esforços naquilo que é importante", disse Cabral, que afirma que diversas empresas demonstrarão interesse em assumir o estádio.
"As grandes operadoras de estádio do mundo, gestoras de conteúdo, clubes de futebol, quem quer que seja, terão muito interesse nesse conjunto de entretenimento não só esportivo, mas também modernizado e renovado", garantiu.
A administração do estádio será cedida após as obras de reforma, que começaram em agosto do ano passado. O custo da obra, orçada inicialmente em R$ 705 milhões, pode superar R$ 1 bilhão, quase o triplo do que foi gasto para a construção do Engenhão para os Jogos Pan-Americanos de 2007.
O valor precisou ser revisto após uma vistoria técnica concluir que a estrutura atual não suportaria a cobertura prevista no projeto original. O teto do estádio será demolido e uma estrutura de lona estendida será montada no local. Apesar da necessidade da mudança, o Governador garante que as obras ficarão prontas a tempo do Mundial.
Aeroportos
O governador também aproveitou para reafirmar a sua posição favorável ao modelo de concessionar o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão) e o Santos Dumont.
"Temos cerca de R$ 102 bilhões em investimentos, números confirmados pela Firjan, para os próximos quatro anos. A nossa infraestrututra portuária está no gargalo, e a demanda doméstica aumentou 25% no ano passado. Na minha avaliação, o Galeão precisa de muitas obras de infraestrutura. O estacionamento do Terminal 1, por exemplo, terá de sair dali. O Terminal 1 tem de ser todo remodelado. O governo tem de estar preocupado é com a regulação aérea", finalizou.