ASSINE
search button

Pesquisa: Flávio Bolsonaro lidera corrida para o Senado Federal

Sem Cesar Maia e Martha Rocha, Chico Alencar e Lindbergh brigam por segunda vaga

Compartilhar

O segundo levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, em parceria com o JORNAL DO BRASIL, sobre a corrida para o Senado Federal foi feito sem as presenças de Cesar Maia (DEM) e Martha Rocha (PDT). Os dois apareceram na primeira pesquisa, realizada entre 4 e 9 de maio, embolados na briga pela segunda vaga de senador, com 20,6% e 20,4% das intenções de voto, respectivamente. Sem a dupla, Flávio Bolsonaro (PSL) continua na liderança isolada na disputa por uma das duas cadeiras a que o Rio tem direito na Casa, com 29,6%, em queda ínfima, levando-se em consideração que a margem estimada de erro é de aproximadamente 2,5% para os resultados gerais — antes, o deputado estadual, que está em seu quarto mandato na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), contou com 32,3%. Os principais beneficiados com a ausência dos dois foram Chico Alencar (PSOL), que passou de 16,3% para 21,7%; Lindbergh Farias (PT), de 15,5% para 20,4%; e Eduardo Lopes (PRB), de 6,4% para 11,5%.

“São crescimentos expressivos, com certeza, mas só teremos condição de estabelecer com mais segurança essas comparações na próxima pesquisa, quando tivermos os nomes dos candidatos oficialmente. Muita gente só vota em determinado candidato para que outro não ganhe. Por isso, toda vez que muda um quadro, o cenário se modifica, mas é muito difícil traçar um comparativo hoje”, ressalva Murilo Hidalgo, diretor do Instituto Paraná Pesquisas. 

Fato é que, sem Cesar Maia e Martha Rocha, a disputa mais acirrada continua sendo pela segunda vaga, embora a diferença de Flávio Bolsonaro para a concorrência mais direta tenha caído de 11,7% para 7,9%. Se entre o vereador do DEM e ex-prefeito do Rio e a ex-delegada de polícia e atual deputada estadual pelo PDT a diferença era de menos de 1% (0,2%), apenas 1,3% separam o deputado federal Chico Alencar do senador Lindbergh Farias. 

Entre os nomes que foram incluídos no segundo levantamento, o deputado federal Arolde de Oliveira (PSD) destaca-se com 11,9% das intenções de voto, em quarto lugar, e já surge à frente do senador Eduardo Lopes por menos de meio ponto percentual: 0,4%. A assessora especial de Inovação da Casa Civil da Prefeitura do Rio, Aspásia Camargo, o deputado estadual Átila Nunes (MDB) e o ex-deputado federal Vivaldo Barbosa (Podemos) também parecem abiscoitar parte do eleitorado de Maia e Rocha, com respectivos 7,2%; 6,1%; e 5,2%. 

O deputado federal pelo DEM Sérgio Zveiter manteve-se com percentual próximo ao do levantamento de maio, 6,5% contra os anteriores 6,3%. Variações maiores foram verificadas nas percentagens dos indecisos e daqueles que não pretendem votar em ninguém. A taxa dos indecisos caiu de 8,8% para 5,6%, enquanto os que estão pensando em anular o voto ou votar em branco saíram de 15,8% para 21,9%. Ou seja, mesmo considerado o desvio padrão de 2,5%, teve gente que trocou a indecisão ou o voto em Cesar Maia ou Martha Rocha pela decisão de não votar em ninguém. 

Para o levantamento foram ouvidas 1.860 pessoas, em 46 municípios do estado, entre os dias 14 e 19 deste mês, divididas em grupos por sexo, faixa etária a partir de 16 anos, grau de escolaridade e nível econômico.

Cesar Maia pode ser o fiel da balança 

Como o diretor do Instituto Paraná de Pesquisas, Murilo Hidalgo, ressalvou, tudo pode mudar, de acordo com a definição do quadro eleitoral. Cesar Maia chegou a dizer que desistira da candidatura ao Senado e recorre da decisão em primeira instância da Justiça que suspendeu seus direitos políticos por oito anos. O acordão entre os partidos do Centrão com a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) para a Presidência da República parece ter recolocado o nome do vereador do DEM na disputa ao Senado — Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, teria convencido o pai a se candidatar. Ontem, ao responder se seria candidato ao Senado, Cesar Maia deu uma pista: “É o que o partido deseja. Domingo será nossa convenção”. Nos bastidores, já se aventou a possibilidade de ele sair como vice de Eduardo Paes nas eleições para governador do Rio, embora os dois já tenham se estranhado em passado recente.