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Após debate "quente", Dilma e Aécio voltam a trocar farpas

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Depois de um debate para lá de "quente" na Rede Bandeirantes, na noite de terça-feira, Dilma Rousseff e Aécio Neves voltaram a trocar farpas nesta quarta. A presidente e candidata à reeleição desafiou seu adversário a provar que as acusações que tem feito contra o tucano não são verdadeiras. No debate de ontem, os presidenciáveis se atacaram e acusaram um ao outro de mentir aos eleitores.

“Eu não estou admitindo que se fale sobre mentiras. Essa é uma forma de se furtar ao debate. Todo mundo que quer ser presidente da República é obrigado a debater”, disse Dilma antes de um evento com professores em São Paulo. “Diga onde estão as mentiras. Assim a gente discute”, continuou.

A presidente resgatou episódios discutidos no debate, como a construção de um aeroporto dentro de uma fazenda de um tio-avô do tucano no município de Cláudio (MG). A obra, que custou R$ 14 milhões ao Estado, foi feita no final do segundo mandato de Aécio como governador.

“As informações relativas ao aeroporto de Cláudio estão nos jornais. Eu não inventei, eu não investiguei. Até porque não tinha a menor noção. Quem investigou foi a imprensa”, disse Dilma. No debate de ontem, Aécio disse que o Ministério Público Federal atestou a regularidade da obra, mas a Procuradoria-Geral da República determinou que o Ministério Público de Minas investigue se há improbidade administrativa.

“Protegido a vida inteira”

Para Dilma, as acusações de Aécio se devem ao fato de que o tucano “não está acostumado a receber críticas”. “Ele, como muitas vezes vocês (jornalistas) divulgam, tinha uma certa blindagem quando foi governador de Minas”, afirmou. O governo do Estado de Minas não divulga valores gastos com propaganda nas rádios da família de Aécio, embora a imprensa já tenha solicitado informações a respeito.

“Não é correto ele achar que ele pode falar tudo e nós não podemos falar nada. Eu acredito que talvez o candidato tenha sido protegido a vida inteira. Talvez seja isso”, encerrou Dilma.

>> Dilma e Aécio se enfrentam em debate na Rede Bandeirantes


"Para sair do buraco", é preciso PT deixar poder, diz Aécio 

Já o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, defendeu nesta quarta-feira, em São Paulo, que tirar o PT da presidente Dilma Rousseff do poder “é a primeira coisa que precisamos fazer para sair do buraco”. O tucano fez a crítica após citar um provérbio segundo o qual, para se sair de um buraco, a primeira coisa a fazer é cavar.

O senador mineiro participou de um ato político de apoio a sua candidatura com cerca de 400 prefeitos e lideranças políticas do Estado de São Paulo, além do governador Geraldo Alckmin e do senador eleito José Serra. O encontro aconteceu no clube Esperia, em Santana, zona norte da cidade. O vice de Marina Silva (PSB) no primeiro turno, Beto Albuquerque (PSB), e o ex-presidenciável José Maria Eymael (PSDC), também estiveram presentes.

Aécio rebateu críticas de Dilma no debate da noite anterior, na TV Bandeirantes, sobre sua gestão no governo Minas, e não poupou elogios ao governador paulista, reeleito em primeiro turno com mais de 57% dos votos. “A minha admiração por você, Geraldo Alckmin, não tem mais limites. Você será meu companheiro mais próximo na grande cruzada de transformação desse país pela sua experiência e pelos valores que prega e pratica”, declarou.

Alckmin, por sua vez, disse que invocaria “Deus para que uma luz se acenda na consciência de cada brasileiro” pelo voto no colega tucano.

Em entrevista coletiva antes do encontro –do qual participaram militantes com adesivos de “Fora Dilma” --, Aécio atribuiu a Dilma, “talvez influenciada pelo seu marqueteiro político e pelo desespero”, o que chamou de táticas de “desconstrução, ódio e rancor que não levam a nada”. “A presidente conhece muito pouco o Estado onde apenas nasceu”.

Em seguida, assinou uma carta de compromissos do projeto “Presidente Amigo da Criança” com a Fundação Abrinq, que propõe políticas públicas “em favor da efetivação dos direitos de crianças e adolescentes” . O mesmo documento já foi assinado por Dilma no ultimo domingo.

 

Com Portal Terra