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Simon: "Se perder eleição, o PT revigora a democracia na oposição"

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Em uma análise sobre as eleições e as candidaturas e seu significado para o país, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse nesta terça-feira, em discurso no plenário do Senado, que caso Aécio Neves vença as eleições, "haverá um efeito colateral positivo para a democracia brasileira: o PT na oposição". Para o senador, que acompanha a história do Partido dos Trabalhadores desde o seu surgimento, “o PT poderá ser recriado dentro de outras bases, como muitos pretendiam, após o estouro o escândalo do mensalão". "Agora, poderá voltar a ser aquele partido que se pautava por uma atitude oposicionista intransigente”, afirmou.

O senador lembra que o PT votou contra Tancredo Neves e se posicionou contra a Constituição e o Plano Real. “Mas, para vencer as eleições, depois de ter perdido três pleitos por seu suposto radicalismo, Lula escreveu uma Carta aos Brasileiros para tranquilizar o mercado e os ânimos da sociedade”, acrescentou Simon. Uma vez eleito, Lula nomeou para presidir o Banco Central o banqueiro Henrique Meireles, único estrangeiro a presidir o norte-americano Banco de Boston e recém eleito deputado federal pelo PSDB de Goiás.

Para Pedro Simon, as cartas de Aécio, destacando como linhas mestras a democracia, a inclusão Social e o desenvolvimento sustentável, e a de Marina, divulgadas domingo passado para selar o apoio da ex-senadora à candidatura do ex-governador mineiro, possuem semelhanças com o texto de Lula e seu significado histórico. Pedro Simon considera que o ex-governador de Minas Gerais e senador pelo PSDB, Aécio Neves, está diante de uma oportunidade única. “Ele não é mais o candidato de um partido. Ele passou a personificar um movimento, encarnando a esperança de mudança que o Brasil tanto deseja”. 

Defensor da candidatura de Marina Silva, em quem votou no primeiro turno, Simon acredita que “chegou a hora de acabar com o fisiologismo, o troca-troca de votos e cargos entre o governo e o Congresso Nacional”.

Petrobras

Para o senador, que lembrou a defesa que fez de Dilma Rousseff, no Senado, quando a presidente da República afastou ministros envolvidos em corrupção, a atual ocupante do Palácio Planalto promoveu “um verdadeiro loteamento partidário de cargos em diretorias de estatais, em troca de apoio no Congresso”. A situação da Petrobras, segundo Simon, exige que a diretoria seja afastada, “mas isso não foi feito”. 

O senador critica a presidente Dilma por ainda não ter assinado o decreto que aplica os critérios da Lei da Ficha Limpa nas nomeações do Executivo.