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Financial Times: "Conto da transformação política e social de Marina Silva"

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Nesta segunda-feira (15) o Financial Times publicou uma matéria elogiosa à presidenciável Marina Silva. Com o título “Conto da transformação pessoal e política de Silva”, o texto de Joe Leahy define a candidata como “uma mulher transformada”. A reportagem começa falando que a aparência frágil da senadora ambientalista, que teve uma infância difícil em uma plantação de borracha na Amazônia, deu lugar ao vigor e convicção de uma forasteira política. 

A matéria prossegue dizendo que Marina está ameaçando acabar com “o reinado do PT”, vinculando sua história de vida à sede de mudança dos brasileiros. O jornalista destaca que a presidenciável assumiu em um comício que, até os 16 anos, era analfabeta, mas batalhou para aprender a ler e conseguir um diploma de licenciatura em história. O jornal aponta que a educação será uma das prioridades de Marina, caso eleita. 

Para contextualizar seus eleitores, o Financial Times lembra que, até a morte de Eduardo Campos, Marina não estava na corrida pelo Palácio do Planalto. Contudo, como enfatiza a publicação, agora as pesquisas mostram que ela compete o cargo de presidente com Dilma Rousseff (PT). O jornal diz ainda que, embora sua vantagem tenha diminuída, Marina ainda se mantém distante de Aécio Neves (PSDB), que está em terceiro lugar. 

O texto diz que Marina está montando um “voto de protesto”, lembrando as manifestações de 2013. Em seguida, compara a candidata a dois políticos brasileiros. Em termos de consciência social, ela é comparada com o ex-presidente Lula, que a publicação define como um ex-sindicalista pobre do Nordeste, que governou entre 2003 e 2010 e é conhecido por ter tirado milhões de brasileiros da pobreza. Sobre a ortodoxia econômica, o jornal compara com Fernando Henrique Cardoso, definido como ex-professor que foi presidente entre 1995 e 2002 e estabilizou a inflação no Brasil. 

A história de Marina Silva também é lembrada na reportagem. Para os leitores, o jornal explica que a presidenciável nasceu no Acre e trabalhou como seringueira. Aos 16 anos, continua a publicação, se mudou para a capital do estado Rio Branco, para prosseguir sua ambição de se tornar freira. Até então, sofreu com doenças graves, como malária e hepatite. Prosseguindo o resgate história, o Financial Times conta que, enquanto estudava, se juntou ao ambientalista Chico Mendes. Sobre a família da candidata, o jornal conta que Marina se casou duas vezes e tem quatro filhos. 

A carreira na política é definida pelo jornal como determinada e independente. A matéria conta que, após renunciar o cargo de Ministra do Meio Ambiente, em 2008, veio como candidata em 2010, contra Dilma, e ganhou 20 milhões de votos. O Financial reforça que grande parte da comunidade evangélica do Brasil apoia Marina. Contudo, como fala o texto, para alguns eleitores, o conservadorismo da presidenciável divide opiniões.

O jornal fala ainda que, apesar de seu "ativismo verde", os investidores apoiam Marina. Prova disso, diz a reportagem, é a proximidade da política com Maria Alice Setúbal, herdeira do Banco Itaú. Por fim, o jornal esmiúça a visão econômica de Marina, demonstrando apoio às suas propostas, como a contenção da inflação; a autonomia do banco central; responsabilidade fiscal, sistema fiscal; e crescimento econômico.