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Dilma nega "tarifaço" e confirma saída de Mantega em eventual segundo mandato

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A candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff, foi sabatinada nesta segunda-feira pelo jornal Estado de S. Paulo e garantiu que, se houver reajuste da gasolina, não será um "tarifaço". "Eu não falo em reajuste de gasolina nem de quanto vai ser. Eu acho um absurdo, porque o que está por trás da proposta de tarifaço? Sabe quanto é que foi o aumento do combustível na refinaria? 31,5%. O IPCA está em uns 23%, eu acredito. O que eu tenho de cabeça é que teve um ganho real de 7%. Os que propõem um grande tarifaço na gasolina são os que atrelam o preço do petróleo ao valor internacional. Não somos à favor de tarifaço. Se houver reajuste não será tarifaço", explicou.

Dilma também falou sobre as mudanças no ministério em caso de um segundo mandato, e confirmou a substituição do ministro da Fazenda, Guido Mantega. "Eu vi que depois que eu falei equipe nova e governo novo as pessoas fizeram várias ilações sobre o Guido Mantega. Ele comunicou que não tem como ficar no governo no segundo mandato por questões pessoais que eu peço para vocês respeitaram. Um governo novo, ele tem necessariamente, mesmo sendo da mesma pessoa, sempre temos obrigação de melhorar a gestão. Eu pretendo melhorar a gestão. Não vou aplicar tudo igual ao que eu venho fazendo. Pretendo melhorar. Acredito que é fundamental para o País ter uma nova política de segurança pública. Não é um projeto que apareceu como um raio no céu azul. Tivemos que enfrentar toda questão dos grandes eventos, que vinham pessoas de fora, para participar dos jogos de futebol, tínhamos uma grande preocupação com a segurança. E dentro daquela política de pessimismo diziam também que não teria segurança. E não foi o caos porque adotamos um princípio de não fragmentação da segurança", afirmou. 

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A presidente não quis revelar quem seriam os novos integrantes de seu governo: "Não vou nunca dizer quem vai ser ministro no meu segundo mandato. Quero te dizer que eu acredito piamente que o Brasil vai entrar em uma nova fase. Temos todas as condições robustas para passar por uma nova fase. Não estamos mais naquele momento em que tínhamos que segurar o País com as duas mãos se não desempregávamos. A Europa fez uma politica duríssima de austeridade e não dá um único passo à frente. Você vê queda na Alemanha, queda de produção na Europa. Eu gosto muito mais do nosso método. Garantimos que o salário se valorizasse, todas as políticas de concessões...fazemos políticas industriais sim. Apostamos na inovação", acrescentou. 

"Vai haver mudanças. Porque eu acho que o País se preparou para esta mudança. Temos condição agora de diminuir alguns incentivos. Vamos continuar focados em emprego e valorização de salário . Não concordo como alguns acham que a razão da inflação é a política de valorização do salário mínimo. Estamos recuperando a queda brutal que houve no Brasil no período anterior ao Lula", ressaltou.