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Datafolha: Haddad bate Serra entre eleitores conservadores

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O candidato petista à prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, iniciou a campanha sem muito apelo entre os conservadores, mas mudou o cenário entre setembro e agora. Segundo dados do Datafolha, divulgados neste domingo pela Folha de S. Paulo, no mês passado o ex-ministro da Educação tinha apenas 12% das intenções de voto neste segmento da população, enquanto Celso Russomano (PRB), que não chegou ao segundo turno, somava 41% e José Serra (PSDB) outros 21%. 

Hoje, o petista ganha a confiança de 46% dos conservadores, contra 33% do rival tucano. Somadas as ideologias, Haddad tem 49% das intenções e Serra, 32%. Entre os posicionamentos listados pelo instituto de pesquisa, Haddad faz mais sucesso entre os liberais, mas ainda ganha do ex-governador paulista em quatro dos cinco grupos.

Na classificação da ideologia dos eleitores, o Datafolha utiliza os métodos e a tipologia do Pew Research Center, instituto de pesquisa americano. Com perguntas sobre o posicionamento frente a determinados temas, os entrevistados são distribuídos em cinco grupos: extremamente liberais (que em São Paulo somam 6% dos eleitores), liberais (28%), medianos (23%), conservadores (33%) e extremamente conservadores (9%). 

O conservadorismo paulistano aparece em perguntas sobre a causa da criminalidade - 62% creditam-na à maldade, 34% à falta de oportunidades iguais -, punição de adolescentes infratores - 71% acreditam que deve se equiparar à de adultos -, religião - 79% acha que quem crê em Deus se torna uma pessoa melhor -, e drogas - 81% é a favor de mantê-las proibidas. O lado liberal do eleitor da maior cidade do País atribui pobreza à falta de oportunidades mais do que à preguiça (68%) e acredita que a homossexualidade deve ser aceita sem preconceito (69%).