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Em caminhada, Haddad minimiza aliança com Maluf e diz esperar Lula

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"Maluf não, Haddad. Para mim, morreu o PT. O Maluf está morto politicamente". Foi assim que o massoterapeuta Marcelo Silva se dirigiu a Fernando Haddad, o candidato petista à Prefeitura de São Paulo, na manhã desta quarta-feira. Pouco antes, um ambulante que vendia atestados médicos ao ar livre, também gritou perto dos militantes: "O Haddad não vai ganhar por causa do Maluf. Ou voto no (José) Serra ou no (Celso) Russomano".

Em caminhada de quase duas horas pela região central de Santo Amaro, nesta quarta, Haddad colocou sua popularidade à prova, cumprimentou e abraçou mais de 100 pessoas e, por pelo menos duas vezes, precisou responder sobre a aliança entre PT e PP, de Paulo Maluf. No fim da caminhada, com carro de som, bandeiras e panfletagem, ele minimizou o fato e lembrou que a polêmica coligação entre os dois partidos vem desde 2004.

"São milhões de pessoas, cada uma tem um pensamento. Com quantas pessoas falei? Umas 200? Mais de 100 seguramente. Você vai encontrar todo tipo de opinião e muita desinformação. Muita gente que não sabe que o PP está na base do governo Lula desde 2004. Há uma tentativa de colocar um debate que não existe. Temos uma base aliada no governo Dilma trazida para São Paulo", justificou o ex-Ministro da Educação.

Lula e Dilma na campanha

Haddad ainda afirmou que o povo não está preocupado com a aliança amplamente comentada após a divulgação de fotos com um aperto de mãos entre Lula e Paulo Maluf. "Só vocês (jornalistas) pedem essa explicação", alegou. Com a candidatura lançada pelo ex-presidente, Haddad ainda previu a entrada de Lula em carreatas durante sua campanha.

"Ele (Lula) estava com a garganta ruim de novo e a Dona Marisa (mulher) exerceu a função de controlá-lo. Temos que preservar a saúde do presidente, essas caminhadas não dá para ele fazer. Primeiro por questão de segurança, então estamos vendo se em carro, estudando com ele, o que é possível para o conforto dele. Fazer uma carreata é uma coisa que preserva mais um pouco", disse.

A respeito da atual presidente Dilma Rousseff, o candidato à Prefeitura de São Paulo negou que ela participe apenas em um eventual segundo turno das eleições na capital. "Fiz uma sessão de fotos semana passada com ela. Bem ampla. Ela está bastante empolgada, acha a candidatura interessante e está tudo bem".