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Médico que atendeu Serra diz que objeto causou um "inchaço"

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O candidato a presidência do PSDB, José Serra, sofreu um inchaço no ponto da cabeça onde foi atingido por um objeto durante caminhada em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Mas uma tomografia computadorizada a que foi submetido no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, não apontou lesões mais graves.

A afirmação é do cirurgião Jacob Kligerman, que fez exames iniciais no candidato na Clínica Sorocaba, também em Botafogo - para onde foi levado depois da agressão.

Por recomendação de Kligerman, Serra suspendeu os dois compromissos que ainda tinha no Rio. Estava prevista uma visita ao estádio do Maracanã, em obras para a Copa de Mundo de 2014, e um encontro com aliados em uma churrascaria.

"A tomografia não indicou nada que pudesse ser mais grave, como hematoma ou um edema cerebral, mas é recomendável passar 24 horas em observação para evitar qualquer surpresa desagradável", afirmou o cirurgião, acrescentando que Serra chegou à clínica com pressão um pouco acima de seu normal e sentindo um pouco de náusea e tontura.

Segundo o médico, Serra confirmou que o objeto que o atingiu durante a caminhada era um rolo com adesivos.

Serra vai a hospital após ser atingido na cabeça por objeto

Portal Terra

Rio - O candidato do PSDB à presidência da República, José Serra, foi ao Hospital Sorocaba, no Rio de Janeiro, na tarde desta terça-feira (20), para verificar se o objeto que atingiu sua cabeça durante enfrentamento entre cabos eleitorais, numa caminhada no calçadão de Campo Grande, causou algum ferimento.

Após iniciar uma manifestação a favor da candidata Dilma Rousseff, um grupo de cerca de 100 militantes do PT colocou-se em frente do local onde passava a comitiva de Serra, com faixas atacando o candidato tucano e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Houve enfrentamento entre os dois lados e Serra deixou a caminhada depois que foi atingido por um objeto. Segundo um dos seus seguranças, teria sido um rolo de adesivos que estaria com os militantes do PT.

A assessoria do candidato do PSDB, José Serra, divulgou a seguinte nota, cancelando agenda no Rio:

Durante caminhada pacífica em Campo Grande (RJ), com muita aceitação popular, a comitiva do candidato à presidência da República, José Serra, foi surpreendida por militantes da campanha adversária, que tentaram impedir-lhe o avanço.

Em determinado momento, acertaram a cabeça do candidato Serra com um pesado objeto. Com o golpe, ele ficou tonto e se submeteu a um exame médico inicial, onde os médicos sugeriram uma tomografia computadorizada e repouso. Por conseqüência, foi suspensa sua programação no Rio de Janeiro.

Nossa candidatura reafirma sua posição pela paz, tolerância e um governo de unidade nacional, pois entende que esse é o único caminho para o progresso no Brasil.

Confusão em Campo Grande

O calçadão de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, virou uma praça de guerra entre militantes do PT e PSDB nesta quarta-feira. Após iniciar uma manifestação a favor da candidata Dilma Rousseff (PT), um grupo de cerca de 100 militantes do PT colocou-se em frente do local onde passava a comitiva de Serra, com faixas atacando o candidato tucano e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o tumulto acabou em confusão entre os dois lados. Os petistas iniciaram o protesto carregando faixas com as inscrições "Serra e FH, aposentado não é vagabundo", em alusão a uma frase de FHC de que aposentar aos 50 anos seria coisa de vagabundo (o ex-presidente sempre se defendeu dizendo que a frase não teria sido essa e que a afirmação havia sido descontextualizada) e "Serra e FHC querem vender a Petrobras", acusação que vem sendo repetida pela propaganda da candidata petista (o ex-presidente e o candidato tucano negam essa intenção).

Alguns mata-mosquitos demitidos no governo FHC também protestaram contra Serra, atribuindo às demissões a epidemia de dengue ocorrida em 2001, quando Serra era Ministro da Saúde - outra epidemia semelhante ocorreu em 2004 no Rio de Janeiro, quando Lula já era presidente.

Os mata-mosquitos chamaram Serra de assassino, sendo respondidos por gritos de simpatizantes do tucano, que chamaram Dilma de assassina, em alusão à sua participação no grupo VAR-Palmares, que cometeu atentados durante a ditadura militar.

Mas, na passagem entre uma banca de jornal e duas drogarias, chegou a haver troca de agressões, quando cabos eleitorais de Dilma fecharam a passagem dos simpatizantes de Serra, que iam sentido à ferroviária de Campo Grande. Com a confusão, mais de 20 lojas fecharam as lojas temendo depredações, entre o calçadão de Campo Grande e a Rua Viúva Dantas.

Serra deixou a caminhada depois que foi atingido por um objeto jogado. Segudo um dos seus seguranças, teria sido um rolo, provavelmente de adesivos, que estaria com os militantes do PT. Uma assessora do candidato tucano também afirmou ter levado um soco na boca do estômago durante o tumulto.

Diante da briga entre petistas e tucanos, Serra comparou a ação dos cabos eleitorais da candidata rival a movimentos fascistas. "O PT tem tropa de choque. Lembra das tropas nazistas? Isso é típico de movimentos fascitas", afirmou.

Segundo o ambulante Deivid Nilson de Oliveira, 22 anos, que estava exatamente no local que começou o choque, a pancadaria se iniciou depois que um militante do PT puxou uma bandeira da campanha de Serra. De acordo com outro vendedor, mais adiante, ainda no calçadão, o ex-candidato a deputado estadual Edson Zanata (PT) tentou apartar partidários, entre eles a deputada estadual eleita Lucinha (PSDB), que tem base eleitoral em Campo Grande. O mesmo vendedor também afirmou que, durante a troca de socos, um militantes do PT saiu com o supercilho cortado.

Após a pancadaria, depois que Serra deixou o calçadão de Campo Grande, a maior parte dos cabos eleitorais do PT foram embora. Apenas cerca de 30 militantes do PT permaneceram reunidos em grupos, sem gritar as palavras de ordem que entoavam durante a passagem do candidato tucano.