ASSINE
search button

Independência no 2º turno foi a melhor decisão, diz Marina

Compartilhar
Em entrevista à rádio Bandeirantes na manhã desta segunda-feira (18), a senadora Marina Silva, candidata derrotada do PV à presidência da República, comentou a posição de "independência" no segundo turno anunciada na tarde de domingo (17) durante convenção do partido em São Paulo. "Foi a melhor decisão para o Brasil, para a democracia e para aqueles que, no meu entendimento, se referenciaram no programa que apresentamos na campanha que fizemos", afirmou.
Marina ressaltou ainda que há diferença entre independência e neutralidade. "Na neutralidade você simplesmente se ausenta do processo. Nós apresentamos cerca de dez pontos com 42 itens que consideramos importantes para o aperfeiçoamento da gestão pública. (...) E isso é ter uma atitude de compromisso", afirmou.
De acordo com a senadora, Dilma Rousseff e José Serra analisaram as propostas apresentadas pelo PV e acolheram "boa parte delas". "A candidatura da ministra Dilma acolheu um pouco mais, a do PSDB, do governador Serra, um pouco menos. Mas a proposta está na mão deles e caberá a eles internalizá-las no decorrer da campanha", disse.
A ex-ministra do Meio Ambiente disse ainda que a posição adotada pelo partido, por ela e por Guilherme Leal, candidato a vice na chapa, foi baseada no cidadão brasileiro. "As pessoas que votaram na nossa plataforma são pessoas que se orientam por opinião e não teríamos uma atitude desrespeitosa de dizer me sigam para um lado ou para outro", explicou.
Com relação à questão ambiental - a principal bandeira de sua campanha, Marina afirmou que "lamentavelmente" o assunto ainda é ignorado nos debates. "Ontem só nos agradecimentos finais a ministra Dilma fez uma referência à Copenhagen, à questão da biodiversidade. E o governador Serra sequer tangenciou sobre o tema", avaliou a participação dos candidatos no debate promovido pela RedeTV!.
Prometendo colocar em primeiro lugar os interesses do Brasil, a senadora afirmou que não fará a "oposição por oposição" ao presidente que será eleito no próximo dia 31. "A minha atitude e a atitude do PV têm sido uma atitude de corresponsabilidade com o nosso País. Não é de oposição por oposição. Aliás, é isso que a sociedade está rechaçando", disse.