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Após ação do Banco Central, dólar recua e opera abaixo de R$ 3,80

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Depois de escalar a R$ 3,96 e fechar cotado a R$ 3,91 ontem, o dólar abriu o pregão desta sexta-feira em queda ante o real e, por volta das 12h, operava a R$ 3,77.  O movimento é uma reação à oferta adicional de US$ 20 bilhões ao mercado pelo Banco Central (BC) e também à firme disposição da autoridade monetária de conter a volatilidade no mercado, que ontem fechou na maior cotação em mais de dois anos.

Pressionado com a turbulência de ontem, o presidente do BC, Ilan Goldfajn anunciou em entrevista que ofereceria R$ 20 bilhões ao mercado e, se necessário, poderia até recorrer às reservas cambiais – embora tenha descartado elevar juros para conter o câmbio.

Imediatamente após o anúncio de leilão hoje de 60 mil contratos de swap cambial, uma forte variação de queda no mercado futuro fez a B3 colocar em leilão o contrato para julho do dólar. Ao oscilar dos R$ 3,832 para R$ 3,809, o contrato entrou em leilão às 10h10 e voltou a ser negociado normalmente por volta das 10h13. Às 12,10, o dólar à vista operava a R$ 3,7756.

O movimento contraria o fortalecimento global da divisa americana tanto em relação a moedas de economias desenvolvidas (exceto o iene japonês) quanto em comparação às emergentes, o que poderá vir a gerar pressão de alta da divisa dos EUA ante o real. A valorização vista globalmente antecede uma série de eventos importantes, que a reunião do G-7 hoje e amanhã, as reuniões de política monetária do Fed e do BCE na próxima semana e também o aguardado encontro entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, em Cingapura.

Em nota na manhã desta sexta-feira, o Banco Central esclareceu que "o montante de US$ 20 bilhões em contratos de swap a serem ofertados ao longo da próxima semana são adicionais aos montantes de US$ 750 milhões que vêm sendo oferecidos diariamente nos leilões de swaps". Assim, conforme o BC, "o montante total de swaps ofertados até o dia 15 de junho será, salvo intervenções adicionais, de US$ 24,5 bilhões".

Com Estadão