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Impasse entre EUA e Coreia do Norte pesa e Bolsas de NY fecham em baixa

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Os mercados acionários norte-americanos encerraram o pregão desta quinta-feira, 24, em baixa, reagindo à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de cancelar a cúpula com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, gerando uma nova onda de tensões geopolíticas, que afastou os investidores de ativos considerados mais arriscados.

O índice Dow Jones fechou em queda de 0,30%, aos 24.811,76 pontos; o S&P 500 recuou 0,20%, aos 2.727,78 pontos; e o Nasdaq teve baixa de 0,02%, aos 7.424,43 pontos. O subíndice de energia do S&P 500 liderou as perdas, aproveitando o recuo dos preços do petróleo para uma realização de lucros, ao fechar em baixa de 1,67%, aos 562,44 pontos.

O otimismo da quarta-feira, 23, das bolsas em Nova York foi minado devido a uma nova rodada de incertezas no âmbito geopolítico. "O presidente Trump cancelou sua reunião com Kim Jong-un, que deveria acontecer em Cingapura no mês que vem. Inicialmente, o S&P 500 caiu cerca de 0,5% em resposta devido à possibilidade de uma nova escalada de tensões entre os dois líderes", ressaltou o economista Michael Pearce, da Capital Economics.

Ao argumentar a favor do cancelamento do encontro, Trump disse que sua decisão foi tomada pensando "no bem de ambos os lados".

Para o presidente americano, no entanto, uma reunião com Kim poderia ocorrer caso a Coreia do Norte abandone suas armas nucleares. Ele afirmou, ainda, que tratou da questão com a Coreia do Sul e com o Japão, que estariam preparados para enfrentar eventuais dificuldades. "Espero que coisas positivas ocorram com a Coreia do Norte no futuro. Caso isso não aconteça, estamos preparados."

Diante da incerteza, quase todos os setores do S&P 500 caíram, com exceção do segmento de telecomunicações e do de serviços públicos. O de energia liderou as perdas, à medida que investidores reagiram, também, ao recuo nos preços do petróleo.

A Chevron caiu 1,62% e a ExxonMobil cedeu 2,29%. Já o setor de tecnologia novamente apoiou o Nasdaq, que fechou praticamente estável. O Twitter subiu 0,30% e a Netflix renovou máxima histórica ao encerrar em alta de 1,33%.

A proposta de Trump de que o Departamento do Comércio investigue as importações americanas de veículos, o que poderia gerar tarifas sobre automóveis importados pelos EUA no futuro, também esteve no radar. Montadoras americanas foram beneficiadas e passaram ilesas à venda de ações. A Ford Motor subiu 1,57% e a General Motors ganhou 1,43%.