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Produção da indústria fecha 2017 com alta de 2,5%, após 3 anos de queda

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A produção industrial nacional cresceu 2,5% no acumulado de 2017, após quedas de 3,0% em 2014, 8,3% em 2015 e 6,4% em 2016. Entre os destaques está a produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (17,2%), seguida pelas indústrias extrativas (4,6%, em parte pelo impacto do pré-sal). Os dados foram divulgados pelo IBGE nesta quinta-feira (1°). 

Em dezembro, a alta foi de 2,8% em comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal, na maior alta desde junho de 2013, quando foi registrada alta de 3,5%. Nos quatro últimos meses, as taxas foram positivas, acumulando alta de 4,2%. 

Em relação a dezembro de 2016, a alta foi de 4,3%, a oitava taxa positiva consecutiva na comparação com o mesmo mês do ano anterior (série sem ajuste), mas inferior às taxas de outubro (5,5%) e novembro (4,7%).

Frente ao mesmo período de 2016, a indústria cresceu 4,9% no quarto trimestre e 4,0% no segundo semestre.

De novembro para dezembro, houve altas em 20 dos 24 ramos industriais

Na comparação de dezembro com novembro do ano passado, a indústria teve alta em três das quatro grandes categorias econômicas e em 20 dos 24 ramos pesquisados. As principais influências positivas foram veículos automotores, reboques e carrocerias (7,4%), que reverteu a queda de 0,8% no mês anterior, e produtos alimentícios (3,3%), que avançou pelo segundo mês consecutivo e acumulou crescimento de 4,3%.

Outras contribuições positivas vieram de produtos de borracha e material plástico (6,9%), de metalurgia (4,2%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (10,3%), de outros equipamentos de transporte (15,2%), de produtos diversos (21,2%), de produtos de metal (6,0%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%) e de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (1,8%).

Entre os quatro ramos que reduziram a produção em dezembro, destaque para produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,1%), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-2,1%) e indústrias extrativas (-1,5%). O primeiro eliminou parte do avanço de 22,8% acumulado em outubro e novembro de 2017, o segundo teve perdas de 5,6% desde outubro do mesmo ano e o terceiro recuou após avançar 0,6% em novembro.

Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com novembro, bens de consumo duráveis tiveram a maior alta (5,9%) e o segundo resultado positivo consecutivo, com um acumulado de 8,9% nesse período. Os segmentos de bens de consumo semi e não duráveis (3,0%) e de bens intermediários (1,7%) também cresceram, com o primeiro revertendo a perda de 2,4% do mês anterior, e o segundo com um avanço acumulado de 3,0% em dois meses consecutivos de crescimento. Bens de capital (0,0%) mostrou variação nula, o que interrompeu o comportamento positivo iniciado em abril de 2017, período em que acumulou expansão de 12,4%.

Impacto da produção de veículos e das indústrias extrativas

No acumulado de 2017, na comparação com 2016, a indústria cresceu 2,5%. Houve resultados positivos nas quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 51 dos 79 grupos e 56,4% dos 805 produtos pesquisados.

Veículos automotores, reboques e carrocerias (17,2%) foi a atividade que exerceu a maior influência positiva, seguida pelas indústrias extrativas (4,6%, em parte pelo impacto do pré-sal), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (19,6%), de metalurgia (4,7%), de produtos alimentícios (1,1%), de produtos de borracha e de material plástico (4,5%), de celulose, papel e produtos de papel (3,3%), de máquinas e equipamentos (2,6%) e de produtos do fumo (20,4%).

Das sete atividades com queda na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,1%) teve a maior contribuição negativa, pressionada, em grande medida, pelo item óleo diesel. Outras baixas importantes vieram de outros equipamentos de transporte (-10,1%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-5,3%), de produtos de minerais não metálicos (-3,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-3,5%).

Entre as grandes categorias econômicas, destaque para bens de consumo duráveis (13,3%) e bens de capital (6,0%), que tiveram a influência da baixa base de comparação, com -14,4% e -10,2%, respectivamente, no acumulado de 2016. Dessas duas grandes categorias, a primeira foi impulsionada pela ampliação na fabricação de automóveis (20,1%) e eletrodomésticos (10,5%) e a segunda pelos bens de capital para equipamentos de transporte (7,9%), de uso misto (18,8%) e para construção (40,1%).

Os setores produtores de bens intermediários (1,6%) e de bens de consumo semi e não duráveis (0,9%) também cresceram no acumulado no ano, mas com avanços abaixo da média nacional (2,5%).