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Brasil deve aproveitar cenário global para reforma da Previdência, diz Ilan Goldfajn

Presidente do BC participou de encontro do banco Credit Suisse

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O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, disse nesta terça-feira (30), durante evento organizado pelo banco Credit Suisse, em São Paulo, que o Brasil ficará exposto à volatilidade dos mercados internacionais, caso o governo não consiga aprovar no Congresso Nacional a reforma da Previdência.

"Temos um ambiente global muito favorável e isso tende gerar uma consequência positiva para o Brasil. É interessante votar a reforma enquanto o cenário está favorável. Não deveríamos imaginar esse cenário tão benigno. Não podemos nos colocar em posição tão vulnerável. Devemos ser um pouco precavidos e aprovar a reforma o mais cedo possível", afirmou o presidente do BC.

Ilan destacou que novas metas de inflação para 2021 serão em junho e que há uma tendência de queda para 4,5% para 2018, 4,25% em 2019 e 4% em 2020, mas que há riscos para as metas e que eles vêm de fora. "A gente tem que saber escolher os riscos que consideramos mais prováveis", acrescentando que considera como "risco mais importante" uma atividade forte internacional "que venha a elevar a inflação e tirar o juro baixo do cenário global".

Goldfajn comentou, ainda, o uso das moedas virtuais, que são bem-vindas, mas que não têm nenhuma garantia do BC. "Alertamos que não há garantia do Estado, do Banco Central. É uma moeda que não tem lastro", alertou o presidente do BC, acrescentando que o ativo é "uma bolha de especulação".