ASSINE
search button

'China Daily': Economia do Brasil é impulsionada por crescimento chinês

Economista explica como China influencia economia brasileira

Compartilhar

Matéria publicada nesta quarta-feira (6) pelo China Daily conta que de acordo com analista econômico o crescimento econômico melhor do que o esperado da China teve um impacto positivo na economia brasileira, especialmente no setor de produtos primários.

José Luiz Oreiro, professor de economia da Universidade de Brasília, disse acreditar que o crescimento do PIB da China em 6.9 por cento no primeiro semestre de 2017 ajudou a retirar o Brasil de seu declínio econômico, informa o China Daily.

"No primeiro trimestre, o único setor que viu o crescimento real no Brasil foi o agronegócio, com um aumento de 13%", disse Oreiro, acrescentando que "o aço também tem preços razoáveis ??devido ao crescimento da China, de modo que o crescimento adicional da China tem sido uma boa notícia para a economia brasileira ".

Quanto aos indicadores econômicos da China anunciados no mês passado, o economista disse: "O resultado não me surpreende. Esperamos ver um crescimento mais moderado na China em relação aos anos anteriores (com crescimento de dois dígitos), de modo que o crescimento de 6-7 por cento por ano é uma nova tendência".

O crescimento econômico da China ajudou a sustentar os preços das exportações brasileiras de commodities, compensou as desacelerações em outros setores da maior economia da América Latina e também mostrou uma recuperação para a economia global, que vem lutando desde a crise financeira de 2008, disse Oreiro.

"A economia global parece estar entrando na terceira marcha. As economias desenvolvidas estão vendo crescimento acelerado.

"Como a segunda maior economia do mundo, o crescimento acelerado da China é importante para dar um maior impulso ao crescimento econômico global", afirmou o economista.

No entanto, o principal desafio para a China será reduzir sua "enorme taxa de poupança" para sustentar um novo modelo de crescimento que dependa mais do consumo doméstico.

"A China terá que implementar políticas de segurança social, pensões pagas pelo estado, um sistema universal de saúde pública, etc., para reduzir a taxa de poupança e promover os gastos, uma vez que a classe média chinesa não precisa mais economizar para tratamento médico e, portanto, compre mais bens de consumo ", disse ele.

"É a transição que a China precisa completar, de modo que seu consumo representará uma maior participação do PIB. Nas últimas décadas, a economia chinesa tem sido impulsionada por investimentos e exportações. Agora, ela precisa dar um papel maior aos gastos", disse Oreiro. . A perspectiva da economia brasileira permanece "muito ruim", embora um leve crescimento tenha sido registrado no primeiro trimestre de 2017, graças a uma safra de soja e grãos, disse Oreiro.

Ele acrescentou que "o efeito não durará, e minha previsão para a economia brasileira de 2017 é zero por cento de crescimento".

> > China Daily