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Itália estuda 'aposentadoria mínima' para novas gerações

Proposta do PD prevê piso de 650 euros mensais no benefício

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O Partido Democrático (PD), legenda de centro-esquerda que governa a Itália, estuda apresentar uma proposta para introduzir uma "aposentadoria mínima" para as novas gerações.

A ideia foi lançada no início da semana por Stefano Patriarca, conselheiro econômico do primeiro-ministro Paolo Gentiloni, e prevê a criação de um "fundo de solidariedade" para "preencher" desde já um eventual buraco na arrecadação do sistema previdenciário.

"A preocupação dos jovens é, talvez, não ter uma aposentadoria, e esse é um problema que requere uma intervenção mais ampla", afirmou. De acordo com a proposta, seria criada uma "aposentadoria mínima" de 650 euros por mês para quem tiver pelo menos 20 anos de contribuição.

Esse valor poderia ter um acréscimo de 30 euros para cada ano adicional, com um teto de 1 mil euros mensais. "O PD fará uma proposta, que estudaremos e aprofundaremos, sobre a aposentadoria de garantia para os jovens", afirmou Tommaso Nannicini, responsável pela área trabalhista na direção do partido.

O projeto, que é defendido por sindicatos, surge em um momento de desconfiança dos jovens em relação ao futuro econômico da Itália, onde a taxa de desemprego entre pessoas de 15 a 24 anos está em 37%. No entanto ainda seria preciso definir quando o benefício começaria a vigorar e quais parcelas da população ele cobriria.

Hoje a Itália não possui um valor mínimo de aposentadoria, mas a lei estabelece em 501,89 euros por mês a quantia mínima para se ter uma "vida digna". Quando a pessoa ganha menos do que isso, o Estado completa com a cifra restante.