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Petróleo fecha em alta, confiante em cortes na produção da Opep

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Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira (11), impulsionados por uma maior confiança em relação aos cortes promovidos pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho fechou em alta de 1,06%, a US$ 47,83 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo tipo Brent para julho avançou 1,10%, a US$ 50,77 por barril.

Na manhã desta quinta-feira, a Opep divulgou seu relatório mensal, onde afirmou que seus países membros reduziram a produção em abril em 18 mil barris por dia, para uma média de 31,73 milhões de barris por dia. A queda foi liderada pelos cortes nos Emirados Árabes Unidos, Iraque e Líbia. Já a Arábia Saudita, que era responsável pela maior parte dos cortes prometidos, avançou sua produção em 49,2 mil barris por dia no mês, para 9.954 milhões de barris por dia.

O relatório da Opep também mostrou que o fornecimento de petróleo de países que não fazem parte do cartel poderia crescer 950 mil barris por dia neste ano, num total de 370 mil barris por dia a mais do que o previsto anteriormente.

Além disso, investidores ainda digerem o relatório semanal de estoques do Departamento de Energia (DoE) americano, que apontou para uma queda de 5,2 milhões de barris nos estoques semanais de petróleo bruto, contra a expectativa de recuo de 1,7 milhão de barris.

Às 9h37, o barril de Brent para julho negociado na International Exchange Futures (ICE), em Londres, tinha alta de 0,74%, a US$ 50,59. Já o barril de WTI para entrega em junho, negociado no New York Mercantile Exchange (Nymex), em Nova York, ganhava 0,78%, a US$ 47,70.

O mercado tem expectativa de que a Opep prolongue o período do acordo de corte, mas a crescente produção norte-americana vinha colocando sinal de alerta. Uma decisão sobre estender ou não o acordo deve ser tomada na reunião da Opep de 25 de maio. O ministro de Energia da Arábia Saudita, Kalid al-Falih, disse nesta terça (9) que as reduções contínuas da produção estão acontecendo. Ele também sinalizou que os cortes podem se estender até 2018. 

Os barris de petróleo, que custavam em torno dos US$ 100 até o final de 2014, chegaram abaixo de US$ 30 no ano passado, devido ao excesso de oferta global.