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Trump assina ordem que tira Estados Unidos do TPP

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (23) três ordens executivas, incluindo uma que retira o país do Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês).

A medida era uma promessa de campanha do republicano e indica que ele deve manter a postura protecionista adotada durante toda a disputa eleitoral e em seu discurso de posse. O tratado para a criação do TPP havia sido assinado em 2015, após sete anos de negociações.

Ele incluía 12 nações: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru, Singapura e Vietnã, além dos EUA. Com a saída norte-americana, o acordo, que reunia cerca de 40% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, perderá bastante força.

A ordem executiva firmada por Trump foi apenas uma formalidade, já que o TPP ainda não havia sido ratificado pelo Senado e, portanto, não estava em vigor. O tratado fora firmado para reduzir barreiras alfandegárias e regulamentar preços e padrões ambientais em nações banhadas pelo Pacífico, mas recebeu muitas críticas do novo presidente, por supostamente ameaçar a economia norte-americana.

O republicano prometera tirar os EUA do TPP em seu primeiro dia de trabalho na Casa Branca. Além disso, ele quer renegociar o Nafta, acordo de livre-comércio com México e Canadá.

A saída do país do TPP deve inviabilizar a parceria, que buscava estabelecer um contraponto ao aumento da influência econômica e política da China.

A assinatura do TPP foi uma das principais iniciativas de integração comercial do antecessor de Trump, o democrata Barack Obama. O pacto, contudo, não chegou a ser ratificado pelo Congresso dos EUA. Durante a campanha à presidência, Trump criticou a integração comercial com outros países, afirmando que o livre comércio traz prejuízos para a indústria e o emprego nos EUA.

Aborto

Outra ordem executiva assinada por Trump proíbe a concessão de fundos federais a ONGs internacionais que promovam o direito ao aborto, um procedimento que havia sido introduzido em 1984, no governo Ronald Reagan, revogado por todas as administrações democratas que se seguiram e retomado por todas as republicanas. 

Com Ansa