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'Clarín': Moody`s diz que "Argentina continua sendo a opção mais atrativa da América Latina"

Declaração é do diretor da agência de classificação de riscos para a América Latina

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Matéria publicada nesta quarta-feira (24) pelo Clarín diz que o diretor da agência de classificação de riscos para a América Latina afirmou que o interesse dos investidores não diminuiu apesar de algumas questões domésticas, como o freio, na semana passada, da Corte Suprema de Justiça ao chamado ‘tarifaço de gás’ – ajuste da tarifa aplicada pelo governo do presidente Macri. Rúas, disse que "a Argentina continua sendo a opção mais atrativa da América Latina" e que os investidores "mantêm o interesse" pelo país. Suas declarações foram feitas à agência estatal de notícias Télam, de Buenos Aires, quando perguntado sobre o impacto que determinados assuntos domésticos - como a sentença da Corte que brecou o tarifaço ou a lenta recuperação da economia - podem ter nas decisões de investimentos. 

"O interesse se mantém, não foi crescendo, mas também não diminuiu", disse ele. "A Argentina é o país da região onde houve mais emissão de dívida: foram feitas 18, entre corporativas e provinciais, sem contar com as soberanas", disse.

O jornal argentino diz sobre as últimas emissões que o especialista destacou as colocações de Grupo Financeiro Galícia, Arcor, Cablevisión, Irsa, Clisa e da empresa de concreto Holcim Argentina, no setor privado. E entre as estatais, remarcou as da cidade de Buenos Aires e as das províncias de Buenos Aires, Chaco, Neuquén, Salta e Mendoza. A respeito da sentença da Suprema Corte de Justiça que brecou os tarifaços no gás, ele afirmou que isso não tem impacto na nota da Argentina porque a atual qualificação "contempla esse tipo de situação", mas reconheceu que isso "é um obstáculo para obter uma nota melhor".

O Clarín acrescenta que para a Moody's, a Argentina tem uma qualificação B3 com perspectiva estável, na posição 16 sobre um total de 21. "Nós estamos a seis degraus do grau de investimento e, para subir, decisões como a da Corte Suprema são um inconveniente porque causam impacto nas contas fiscais". Para que a Argentina possa melhorar sua qualificação, Rúas recomendou "arrumar a confusão dos preços relativos. O primeiro passo foi resolver o assunto da barreira cambial, herança do governo de Cristina Kirchner, o outro passo, disse, é o da energia e com isso automaticamente os outros preços, como o do transporte, se alinham".

Sobre a esperada chegada de investidores, Rúas disse que "houve uma mudança de tendência, há brotos verdes, mas vai levar tempo e não será de forma explosiva".