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Bovespa fecha em queda nesta segunda-feira, repercutindo anúncio do Brexit

Moeda americana valoriza frente ao real e bolsas europeias operam em queda

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A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 1,72%, com 49.245 pontos, nesta segunda-feira (27).

No cenário externo, as incertezas nos mercados internacionais por conta da decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

No cenário interno, os papéis da Petrobras e bancos puxaram para baixo o índice da bolsa paulista.

Às 10h23, o índice recuava 0,28%, aos 49.962 pontos.

Às 11h18, as perdas eram de 1,66%, aos 49.274 pontos.

Às 12h39, a baixa era de 2,01%, aos 49.099 pontos.

Às 14h07, a queda era de 1,23%, aos 49.488 pontos.

Às 15h28, o índice caía 1,83%, com 49.187 pontos.

Às 16h32, a queda era de 1,87%, aos 49.170 pontos.

Investidores deram preferência a ativos considerados mais seguros neste pregão.

Em meio à perspectiva de que o Federal Reserve pode postergar a alta do juro nos Estados Unidos, a Bovespa caiu menos que as bolsas européias. Além disso, há possíveis medidas de bancos centrais ao redor do mundo. As ações de bancos ficaram entre as principais pressões negativas, com o Bradesco, Itaú Unibanco e o Banco do Brasil caindo em torno de 2% e 3%.

Petrobras também caiu mais de 5% nas ações ordinárias (que dão direito a voto em assembleias da empresa) e mais de 4% nas preferenciais (que dão preferência na distribuição de dividendos), enquanto a Vale perdeu mais de 1% nas ordinárias.

Na sexta-feira (24), a Bovespa fechou em forte queda após recuar mais de 3% durante o pregão, pressionada principalmente por ações ligadas a commodities, com a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia. O Ibovespa, principal indicador da bolsa paulista, recuou 2,82%, a 50.105 pontos. 

Dólar valoriza

O dólar voltou a fechar em alta nesta segunda-feira (27), voltando a se aproximar de R$ 3,40. Isso porque investidores preferiram estratégias defensivas após o Reino Unido decidir deixar a União Europeia (UE), mas reagiram bem à possibilidade de estímulos econômicos no resto do mundo, sendo otimistas com o Brasil. Às 17h15, moeda norte-americana subiu 0,44%, a R$ 3,3946 na venda. 

Às 11h28, a moeda norte-americana estava cotada em R$ 3,3924, com alta de 0,55%.

Às 12h46, a valorização era de 0,69%, a R$ 3,3972.

Às 14h11, a moeda subia 0,97%, a R$ 3,4066.

Às 15h28, o dólar subia 0,82%, a R$ 3,4018. 

Às 16h32, o dólar subia 0,66%, vendido a R$ 3,3960.

No acumulado no mês de junho, o dólar tem queda de 6,03%. No ano, a divisa caiu 14,02% frente ao real.

Operadores temem que a decisão britânica afete o a confiança de investidores estrangeiros e prejudique a recuperação econômica global, atingindo países emergentes como o Brasil. Por outro lado, vários bancos centrais em todo o mundo se posicionaram na sexta-feira para garantir que estão prontos para agir, inclusive o brasileiro.

O governo do presidente em exercício, Michel Temer, traz otimismo para os investidores, o que contribuí para trazer algum alívio à moeda norte-americana. Além disso, o novo presidente do BC, Ilan Goldfajn, é ressaltado por conta da divulgação do Relatório Trimestral de Inflação na terça-feira como o principal evento econômico desta semana.

Além de dar pistas sobre quando pretende começar a reduzir os juros básicos, hoje em 14,25%, Ilan pode oferecer mais informações sobre qual será sua postura em relação à intervenção cambial. Na sexta-feira, o BC afirmou que, se necessário, tomará medidas para manter o funcionamento normal dos mercados.

Bolsas europeias também fecharam em queda

Nesta segunda-feira (27), o principal índice europeu de ações trabalhou em queda com os bancos registrando a maior perda em dois dias, por conta das incertezas provocadas com a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

Em LONDRES, o índice Financial Times recuou 2,55%, a 5.982 pontos.

Em FRANKFURT, o índice DAX caiu 3,02%, a 9.268 pontos.

Em PARIS, o índice CAC-40 perdeu 2,97%, a 3.984 pontos.

Em MILÃO, o índice Ftse/Mib teve desvalorização de 3,94%, a 15.103 pontos.

Em MADRI, o índice Ibex-35 registrou baixa de 1,83%, a 7.645 pontos.

Em LISBOA, o índice PSI20 desvalorizou-se 2,34%, a 4.260 pontos.

O índice FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 3,65%, a 1.223 pontos.  O índice pan-europeu STOXX 600 recuou 4,11%, a 308 pontos, depois de cair 7% na sexta-feira, sua maior queda diária desde 2008.

No fechamento anterior, de sexta-feira (24), os mercados globais despencaram após o Reino Unido ter decidido em um referendo deixar a União Europeia – a chamada Brexit, junção das palavras em inglês "Britain" (Grã-Bretanha) e "exit" (saída. Algumas das bolsas da Europa registraram queda de mais de 12%, com a Espanha registrando a maior desvalorização diária de sua história. O FTSEurofirst 300, que reúne as principais ações do continente, caiu 6,65%. As ações de bancos ficaram entre as principais perdas do dia no continente.