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'WSJ': China aperta o cerco a críticos da economia do país

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Matéria publicada nesta quarta-feira (4) no The Wall Street Journal, conta que as autoridades da China estão voltando a sua mira para um novo grupo de alvos: economistas, analistas e repórteres de negócios com opiniões pessimistas sobre a economia chinesa.

Segundo a reportagem, os reguladores do mercado financeiro, censores de mídia e outras autoridades do governo têm alertado verbalmente comentaristas cujas posições públicas sobre a economia não estão em sintonia com as declarações otimistas do governo, segundo autoridades do governo e comentaristas econômicos a par do assunto.

Pressionados por reguladores financeiros empenhados em estabilizar o mercado, analistas de ações nas corretoras estão ficando receosos de emitir relatórios criticando empresas de capital aberto. Pelo menos um centro de estudos chinês foi orientado pelas autoridades a não levantar dúvidas sobre um planejado programa do governo para reduzir as dívidas das estatais, acrescenta o WSJ.

O Journal destaca que Pequim voltou a agir para retomar o controle da narrativa econômica do país depois que equívocos cometidos ano passado no mercado de ações e na política cambial levaram investidores a duvidar da competência do governo para gerenciar uma economia em franca desaceleração.

Esse tipo de controle via alertas ameaça limitar ainda mais as informações sobre a segunda maior economia do mundo e agravar a ansiedade de investidores já desconfiados das estatísticas e declarações do governo, finaliza texto do jornal norte-americano.