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'Le Monde': Desvalorização do euro leva BCE a tomar medidas

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Matéria publicada nesta quinta-feira (10) no Le Monde, analisa que o Banco Central Europeu cortou suas três taxas de juros e expandiu seu programa de compra de ativos, entregando um um pacote maior do que o esperado para impulsionar a economia e impedir que a inflação extremamente baixa se fixe.

Segundo a reportagem, o corte da taxa de depósito do BCE ainda mais fundo no território negativo, cobrará mais dos bancos para deixarem seu dinheiro guardado com o banco central, e o aumento das compras mensais de ativos para 80 bilhões de euros, sobre 60 bilhões de euros anterioemente, superaram as expectativas de aumento para 70 bilhões de euros.

Surpreendendo os mercados, o banco também cortou sua taxa de refinanciamento para zero, sobre 0,05 por cento. O euro caía mais de 1 por cento contra o dólar.

O BCE tem pouco a mostrar em relação aos 700 bilhões de euros que gastou comprando títulos governamentais e outros ativos no último ano, conforme os preços de matérias-primas afetaram o impacto de seu programa de "quantitative easing".

Essa medida aumenta a falta de confiança no compromisso do banco com seu mandato. A inflação permanece abaixo da meta do BCE de quase 2 por cento há três anos e deve continuar assim por muitos outros.

O BCE cortou sua taxa de depósito para -0,4 por cento, de -0,3 por cento, em linha com as expectativas, mas também surpreendeu os mercados ao cortar suas duas outras taxas.

Assim como a taxa de refinanciamento, o que significa que os bancos podem agora tomar emprestado em seus leilões semanais sem custo, o banco cortou a taxa de empréstimo, usada pelos bancos para emprestar do BCE overnight, para 0,25 por cento, sobre 0,3 por cento.