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'WSJ': Arábia Saudita, Rússia, Qatar, Venezuela concordam em congelar produção de petróleo

Com preços em queda, investidores apoiam medida para reduzir o excesso e elevar valores

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Matéria publicada nesta quarta-feira (17) no The Wall Street Journal, conta que  Arábia Saudita, Rússia, Qatar e Venezuela anunciaram  acordo para congelar a produção de petróleo nos níveis atuais. A decisão foi tomada em reunião entre representantes dos países na sequência de semanas de notícias de que um acordo estaria sendo realizado para cortar produção e elevar os preços do petróleo.

O ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali Al-Naimi, disse que esse é o “início de um processo”, e que necessitarão de “novas etapas para estabilizar e melhorar o mercado”.

Entre essas etapas está o condicionamento do acordo à adesão de dois fortes exportadores, que retornam ao mercado: Iraque e Irã. O primeiro, elevou em 11,6% a produção no último ano, em uma estratégia para aumentar as receitas para custear guerra travada para reunificar e estabilizar o país contra grupos extremistas, entre eles, o Estado Islâmico.

Já o Irã, retornou ao mercado há poucas semanas, após o fim das sanções ocidentais impostas pelo desenvolvimento de arsenal nuclear. Nas últimas semanas, representantes do governo persa informaram que não pretendem estagnar a produção antes que retornem ao patamar pré-sanções.

O acordo prevê fixar a produção com base na de janeiro, recorde da Opep, que derrubou o barril para a casa dos US$ 26-US$ 30. A organização produziu no mês passado 32,335 milhões de b/d.

Segundo a reportagem, a OPEP, cartel de 13 membros que controla mais de um terço do petróleo do mundo, está desintegrado pela guerra, a competição por participação de mercado e os baixos preços do petróleo que devastaram as economias nacionais. 

Mesmo que os produtores de petróleo concordem em congelar a produção global aos níveis de janeiro, o mundo ainda apresentaria um excedente de cerca de 300 milhões de barris por ano.