A presidente do Fed, banco central norte-americano, Janet Yellen, demonstrou preocupação com o cenário da economia mundial. Ela afirmou que as condições financeiras da China, a segunda maior potência econômica, podem prejudicar o ritmo de crescimento dos EUA.
Em depoimento ao Congresso dos Estados Unidos, Yellen alertou que a queda nas bolsas mundiais deve tornar mais lento o processo de alta dos juros americanos. A declaração acentua as suspeitas de crise nos mercados globais.
A turbulência nas bolsas globais se agravou com a queda do preço do petróleo, motivado, principalmente, pela sobreoferta, e com a desvalorização das ações de grandes bancos, como o alemão Deutsche Bank.
Yellen afirmou que torna-se cada vez mais improvável o aumento na taxa de juros no curto prazo, o que deve prejudicar ainda mais o equilíbrio financeiro dos bancos.
Como o JB já havia destacado, os bancos estão começando a perceber que não são tão sólidos como se imaginava:
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Antes mesmo, em janeiro, o JB alertava para a crise global.
A próxima reunião do Fed, nos dias 15 e 16 de março, vai rediscutir a taxa de juros. Yellen não recuou em relação ao aumento gradual, que deve ocorrer ao longo do ano.
Perigo de recessão
Os mercados mundiais perderam cerca de US$ 12 trilhões em valor de mercado desde o início do ano. Especialistas estão preocupados com o risco de uma recessão econômica nos Estados Unidos.
Em relação à China, a queda do yuan teria intensificado a incerteza sobre a política cambial chinesa, pois teria aumentado a volatilidade do mercado financeiro, derrubando os preços das commodities, apontou Yellen.