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'WSJ': Endividamento da Ásia modifica economia dos mercados emergentes

Holding HSBC encerra operações em Hong Kong

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Matéria publicada nesta terça-feira (1), no The Wall Street Journal, por Anjani Trivedi, fala que a dificuldade de uma empresa de pesca chinesa para pagar seus credores este mês é uma gota no oceano, comparado ao que está acontecendo nos mercados emergentes, mergulhados em dívidas, com a economia fraca, e sem condições de pagar os empréstimos em dólar, solicitados nos últimos anos. As empresas lutam para gerar caixa suficiente para pagar as suas despesas com juros e amortizações. A força do dólar está aumentando os problemas  nas empresas que pegaram empréstimo na moeda norte-americana. As falências de empresas em países emergentes atingiram seu nível mais alto desde 2009, chegando 40% sobre o ano passado, de acordo com a Standard & Poors. A taxa de inadimplência corporativa em mercados emergentes atingiu 3,8% nos últimos 12 meses, em comparação com 2,5% nos EUA, de acordo com o Barclays. Ha quatro anos atrás, a taxa de inadimplência dos mercados emergentes foi de 0,7%, bem abaixo de 2,1% nos EUA. A tensão entre as empresas e seus credores está crescendo.

Segundo a reportagem, a holding HSBC apresentou na semana passada ao Supremo Tribunal de Hong Kong, um pedido para encerrar suas operações em Singapura. De acordo com a S & P, a holding HSBC, que desde 2010 opera em mercados emergentes como Peru, Rússia e África, com apoio do Equity Carlyle Group, não conseguiu pagar uma parcela de US$ 31 milhões, no início deste mês, referente a um empréstimo de US$ 650 milhões. Um de seus executivos passou os últimos dois meses tentando convencer os credores a renunciar à prestação. A empresa também está sendo investigada pela Autoridade Monetária e polícia de Cingapura por "possíveis violações" , informou um porta-voz da autoridade monetária. A empresa não quis comentar sobre o assunto. De acordo com o Instituto de Finanças Internacionais, as dívidas corporativas dos mercados emergentes se multiplicaram cinco vezes na última década, totalizando US$ 23.7 trilhões, no início de 2015. Detalhe: grande parte do aumento veio de países emergentes da Ásia, onde a dívida das empresas aumentou 125% em relação ao PIB, enquanto estava abaixo de 100% há cinco anos atrás.