Matéria publicada nesta sexta-feira (27), no Financial Times, por Joe Leahy, conta que as agências de rating alertam que existe uma forte pressão em cima do BTG Pactual, que deve sofrer uma grande mudança com a prisão de seu presidente-executivo André Esteves, realizada na quarta-feira (26). A prisão do bilionário, que ajudou a construir o banco de investimentos a partir do zero, levou as agências de rating Fitch e Moody a avaliar a participação dos seus credores. Sr. Esteves foi detido por suposta obstrução da justiça, em uma investigação sobre o escândalo de corrupção na Petrobras. "A Fitch reconhece a importância do banqueiro como um CEO ativo e carismático, que supervisiona as operações e a expansão do banco", disse a agência Fitch em uma nota oficial.
Segundo a reportagem, o caso da Petrobras atingiu, pela primeira vez o setor financeiro mais abastado do país, com a prisão de um dos banqueiros mais proeminentes do mercado. No caso, os ex-executivos da Petrobras, que estão sendo acusados ??de extorsão e subornos dentro do esquema chamado "lava-jato", em sua maioria, são executivos de alto escalão e importantes políticos. André Esteves e seus sócios do BTG se expandiram para América Latina e Europa, transformando a instituição em um dos maiores bancos de investimento do Brasil. Pérsio Arida, economista conhecido por circular entre o governo e o mercado de ações, membro do conselho do BTG, foi nomeado o CEO interino do banco. O mercado teme que a remoção de uma figura tão importante para o banco possa minar a confiança na instituição. "Um dos principais riscos para o BTG Pactual é a dependência de seu CEO," disse analista da Goldman Sachs em uma nota. "Ele é o principal executivo do banco, responsável pela condução da expansão e diferenciação do produto internacional do banco". Uma ausência prolongada pode prejudicar a capacidade do banco de manter seus clientes e gerir seus ativos. O Deutsche Bank já reduziu sua recomendação sobre as ações do BTG.