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NYT:  Cresce preocupação em não sobrecarregar FMI

Preocupações globais giram em torno do aumento da dívida dos mercados economicamente emergentes 

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Em matéria do jornal americano The new York Times, publicada no dia 9 de outubro, o jornalista Landon Thomas Jr. conta que líderes financeiros se reuniram em Lima esta semana para avaliar a saúde da economia mundial e um dos temas centrais de discussão foram como os mercados estão se preparando para uma crise, principalmente com as previstas em países de economias em desenvolvimento, como a China,  Turquia e Brasil. No centro deste debate será a questão de saber se o Fundo Monetário Internacional ainda tem  capacidade de agir de forma eficaz. 

Segundo Landon, as preocupações crescentes são em torno da desvalorização da moeda na China. O fundo deve ter certeza de que ele ainda está em condições de cumprir a sua função essencial: identificação de riscos nas economias emergentes e socorrer quando houver falta de recursos. Estas preocupações globais se baseiam no medo da dívida do dólar nas economias de mercado emergentes, que subiu para níveis insustentáveis. Na semana passada, o fundo se tornou o mais recente sinalizador global para alertar sobre os perigos de uma bolha de dívida de mercados emergentes, com destaque em um relatório publicado antes das reuniões desta semana que os níveis de dívida de empresas haviam aumentado de US $ 18 trilhões entre $ 4.000.000.000.000 nos últimos 10 anos. 

Para finalizar, o jornal NYT analisou que as empresas de construção na Turquia, promotores imobiliários na China, redes de varejo no Brasil e empresas de aço na Malásia, juntamente com muitas outras empresas do mercado de crescimento rápido emergentes, têm se abastecido através da dívida baseada no dólar barato dos últimos anos. E o medo é que os financiadores desta farra de empréstimos, bancos globais, fundos soberanos e investidores de títulos baseados nos Estados Unidos, retirem seu dinheiro de uma só vez, causando  colapso de moedas e as empresas peçam falência, forçando o FMI a intervir. Analistas dizem que o fundo tem recursos para resgatar alguns países em caso de necessidade. Mas se o fluxo dos mercados emergentes for acima do previsto, o fundo será duramente pressionado a resgata-los.