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TNY: Boas e más notícias sobre pobreza global

A notícia de que a taxa mundial de pobreza caiu 10% é notável, mas requer  cautela

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O jornal americano The New Yorker publicou matéria que se inicia com a pergunta: Qual é a grande notícia sobre a economia mundial esta semana? Se a sua resposta é que os países do trade e mais dez países do Pacífico chegaram a um acordo sobre os termos de comércio, a negociação chamada Trans-Pacífico, você está quase certo. Mas havia um outro desenvolvimento significativo,  ligado ao debate sobre a TPP, e que tem recebido bastante menos atenção. No domingo, o Banco Mundial anunciou que este ano, pela primeira vez na história, a percentagem de população da terra que está vivendo em extrema pobreza caiu mais de 10%. Em 1990, a proporção era de mais de um terço. "Esta é a melhor notícia do mundo de hoje, com essas projeções nos mostrando que somos a primeira geração na história humana que pode acabar com a pobreza extrema, '' disse Jim Yong Kim, o presidente do Banco Mundial. 

O jornalista John Cassidy analisou, que a transformação é certamente notável, se levarmos em conta que ha  vinte e cinco anos atrás, de acordo com o Banco Mundial, 37,1 % da humanidade vivia abaixo da linha métrica da pobreza, o que significa que gastavam mais ou menos $ 1,90 por dia. Este ano, de acordo com as novas projeções, a proporção  será de 9,6%. Isso quer dizer que, desde 1990 o número de pessoas em extrema pobreza caiu de dois bilhões para cerca de setecentos milhões. Cerca de 1,3 bilhões de pessoas foram levantadas para acima da linha de pobreza. Mesmo que estes números estejam fora dos 20 ou 30%, a mudança é extremamente significativa. Vale publicar que o Banco Mundial e as Nações Unidas estabeleceram a meta de eliminar a pobreza extrema até 2030, mas a realização deste objetivo será muito difícil.

Encerrando a notícia, o TNY adverte que este recente declínio na taxa de pobreza extrema pode ser apenas uma modificação na metodologia de cálculos do  Banco Mundial. Enquanto isso, Francisco Ferreira, economista sênior do Banco Mundial, defendeu seus procedimentos em um post em seu blog, argumentando que garante que os números são reais, e que a tendência é de declínio da pobreza extrema.