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Na maior alta do ano, Bovespa sobe 3,80% com reforma ministerial

Dados vindos dos EUA também influenciaram negociações; dólar caiu, fechando a menos de R$ 4

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O Ibovespa teve, nesta sexta-feira (2), sua maior alta diária. O índice subiu 3,80%, para 46.960 pontos, puxado por uma maré de boas notícias dentro e fora do Brasil. No cenário doméstico, a reforma ministerial anunciada pela presidente Dilma Rousseff foi bem recebida por investidores. No exterior, dados vindos dos Estados Unidos reacenderam a dúvida sobre a próxima reunião do Federal Reserve; o Relatório de Emprego do país mostrou uma criação de empregos abaixo do esperado em setembro, aumentando as expectativas de que o Fed adie outra vez o aumento da taxa de juros norte-americana. Em resposta ao noticiário positivo, o dólar voltou a recuar frente ao real e fechou o dia abaixo de R$ 4.

Na manhã desta sexta, Dilma anunciou o corte de oito ministérios como parte de uma reforma administrativa e ministerial que pretende, além de aliviar o caixa do governo, tranquilizar o difícil cenário político por que passa o seu governo. A presidente ainda afirmou que 30 secretarias serão extintas e que haverá um corte de 10% na remuneração dos ministros. 

No exterior, o Relatório de Emprego dos EUA anunciou a criação de 142 mil novos postos de trabalho, ante os 201 mil esperados por analistas. Em agosto, 173 mil vagas foram geradas. O desemprego se manteve em 5,1% no país. Os dados desencorajam o Fed a aumentar os juros norte-americanos ainda em outubro, dando ânimo aos mercados emergentes e fôlego ao apetite de investidores por risco. 

Em resposta ao cenário positivo, a moeda norte-americana fechou a sessão cotada a R$ 3,9457 na venda, uma queda de 1,41%. Na semana, o dólar recuou 0,75%. Em 2015, entretanto, a divida acumula alta de 48,4%. Em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 amargaram perdas. Os ADRs da Petrobras, por sua vez, tiveram dia de alta significativa. Eles subiram 11,27%, chegando a US$ 4,64. 

No Ibovespa as ações da empresa também chamaram atenção, influenciadas pela alta do petróleo. Seus papeis ordinários (PETR3) subiram 9,32%, a R$ 9,15, enquanto os preferenciais (PETR4) avançaram 10,68%, a R$ 7,77. Ainda no campo positivo do índice, destaque para a empresa de telefonia Oi: suas ações subiram 7,22%, chegando a R$ 2,97. 

Desde o início da semana, o principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo teve valorização de 7%. Esta é a sua melhor escalada semanal desde março deste ano. Nesta sexta, o volume financeiro negociado foi de R$ 5,439 bilhões.  

Europa fecha em alta, impulsionada por dados dos EUA e expectativa em relação ao Fed

As principais bolsas europeias também fecharam a sexta em alta, puxadas pelos fracos dados de emprego vindos dos Estados Unidos. No encerramento da sessão, o índice pan-europeu Stoxx 600 avançava 0,47%, aos 347,86 pontos. Em Londres, o FTSE-100 subia 0,95%, para 6.129,98 pontos; lá, destaque para os papeis das mineradoras, que tiveram o setor influenciado pelo enfraquecimento do dólar após a divulgação dos dados norte-americanos de emprego. 

Em Frankfurt, o DAX 30 avançou 0,46%, aos 9.553,07 pontos, mesmo com queda significativa da Volkswagen. Ainda influenciada pelo escândalo de fraude, as ações da alemã amargaram perdas de 4,29%.

Em Paris, o índice CAC-40 subiu 0,73%, aos 4.458,88 pontos. A bolsa de Portugal registrou os maiores ganhos do continente, com o PSI-20 avançando 2,11%, aos 5.216,81 pontos. Em Milão, o FTSE-MIB teve alta de 1,19%, para 21.395,29 pontos. 

Bolsa de Tóquio avança 0,02%

A Bolsa de Valores de Tóquio fechou leve alta de 0,02%, aos 17.725,13 pontos. Em Hong Kong, o Hang Seng fechou em forte alta de 3,71%, aos 21.506,09 pontos; e em Taiwan, o Taiwan Weighted subiu 0,11%, aos 8.305,03 pontos.

As bolsas chinesas não operaram e continuarão fechadas até a próxima quarta-feira (7), devido a um feriado nacional. Já em Seul, o Kospi teve queda de 0,49%, aos 1.969,68 pontos, e o Straits Times fechou em baixa de 0,36%, aos 2.791,54 pontos.

No encerramento em Sydney, o índice S&P/ASX 200 recuou 1,18%.